31 de agosto de 2009

Não compre Levi's

Postado por Amanda Mirasierras na segunda-feira, agosto 31, 2009 6 comentários
Eis aqui o meu alerta: não compre calça Levi's.

"Claro que não vou comprar", poderão dizer vocês, "por que eu compraria calça lá se posso encontrar outras bonitas por um preço muito melhor?". Concordo em partes, pessoas. Sei que existem milhares de calças BBBs, mas não é tão fácil encontrar jeans para mim. Eu estreei há poucos meses na casa dos 50 quilos, e tudo o que eu engordo vai parar automaticamente no meu quadril. Não tenho perna muito grossa nem bunda grande, mas tenho quadril. Então não é tão simples achar uma calça bonita e confortável que se acerte no quadril sem ficar larga na cintura ou com aquelas sobras na dobrinha do bumbum - vulgo "tô cagada".

Então um dia eu me rendi a maravilhosa numeração personalizada da Levi's. Além de ter calças certinhas para os mais diversos biotipos, as roupas duram um tempão. Ok, é cheio de prós. Mas eu repito: não compre lá. É como vender a alma ao demônio.

Eles fazem o seu cadastro e mandam mil e-mails. É, você sabe quando chegam as novas coleções e quando é época de liquidação. Eles avisam em letras garrafais que qualquer modelo está com 50% de desconto. E que você acumula pontos de desconto nas próximas compras!

Eles também dão um cartão maldito que é preenchido conforme você vai comprando calças. A cada dez calças compradas em um ano, você ganha uma de presente. EPA! Dez calças em um ano?! Que brincadeira é essa? Ninguém precisa de dez jeans por ano, convenhamos! Mas aquele cartão azul fica piscando na minha gaveta, e cada vez que alguém me diz que precisa comprar jeans, meus olhos brilham e eu pergunto: "você não quer comprar na Levi's?".

Não, mas isso não é tudo... Eles ainda ligam no seu aniversário! É sério, a Levi's me ligou no dia 07 de abril para desejar felicidades e dizer que eu tinha direito a um desconto especial naquela semana! Diz aí se não é coisa do inferno!

Confesso que minha calça mais bonita é de lá, e que lá também estão muitas calças bonitas que não possuo. Mas vou pensar duas vezes antes de comprar Levi's outra vez. Tenho certeza que eles estão me vigiando nesse momento...

28 de agosto de 2009

Cooperação Feminina

Postado por Ci na sexta-feira, agosto 28, 2009 4 comentários
Programas geralmente utilizados: quase sempre é um link no Orkut, mas vale também foto em site de balada, fotolog, blog da barangona e etc.

Material necessário: 01 amiga é suficiente, mas quanto mais melhor.

Comunicação: MSN é muito útil. Telefone é bom, mas só se ambas estiverem no computador ao mesmo tempo. O melhor mesmo é pessoalmente.

Tempo: geralmente leva de 05 a 10 minutos. Quanto menos, mais intenso!

Vamos direto ao assunto então! O que é essa tal de cooperação feminina? É simples. Nós temos sempre que criticar qualquer pessoa que nossa amiga queria. Nããão, eu não sou má e não estou sendo injusta.

Não tem nada mais irritante do que você mostrar a ex-namorada do seu namorado ou a atual namorada do seu ex namorado pra uma amiga e ela falar "Nossa, como ela é linda". Ou, "ah, pára de exagerar, ela não é tão feia assim".

A gente não fala por mal e a intenção no fundo não é criticar ninguém. A gente tem que falar assim "Nossa, você é beeeem mais bonita", ou "nossa, quantos dentes ela tem?!". É só cooperação feminina. Quantas vezes eu não mandei um link do orkut pras meninas e elas falaram "que horror!", só pra gente se ajudar! Deep inside, nosso coração é bom!

Então é assim, você mostra a foto e a(s) amiga(s) por cooperação feminina diz: "aff, como ele tem coragem??". Ah! Tem que ser amiga de verdade, tá? Falsidade não vale!

27 de agosto de 2009

Sobre a 'menstruation'

Postado por Convidados na quinta-feira, agosto 27, 2009 6 comentários
Bem, esse assunto é fatalmente presente na vida das mulheres e também dos homens, afinal, a gente sofre pra burro, mas na real, nem a gente se agüenta, e os homens então? Porém, não estou aqui hoje para falar sobre mulheres X homens, mas sim mulheres X ... mulheres. E tem cada uma.

Pra começar, eu queria dizer que já ter TPM, ficar menstruada, chata e com cólica não é nada fácil. Pior lá na escola em que trabalho, tendo que fingir que eu não estava tão ácida e tentando agüentar as contrações psicodélicas para não assustar as crianças, num momento de desespero tive que correr pro banheiro e entrar no primeiro que pude. Porém, lá estava algo que realmente me tira do sério, e acaba com meu dia (e com certeza deixaria mal qualquer pessoa). Lá estava no lixo. O que? Ah claro, papel, vermelho. Mas... será que a imbecil da mulher (ou mesmo adolescente, eu sei lá?) não tem o mínimo de senso de dobrar, embrulhar, ou sei lá, a droga do papel que ela usou? Poxa, nem eu (nem ninguém!!) é obrigada a ver coisas íntimas de outra pessoa, ainda mais na situação hormonal exposta. Isso me deixou furiosa, porque primeiro eu pensei: “porra, estamos em uma escola e será possível que a mesma professora que educa não é capaz de educar a si mesma?”. Ou então, alguma aluna da escola mesmo: “porra, será que ninguém mais ensina a estas garotas que não se deve ter nojo de si mesmas?", já que algo totalmente natural. Daí eu me lembrei de outra história.

Uma amiga minha me contou que uma fulana conhecida lá da praia até os 18 anos não trocava o próprio absorvente. Quem trocava era a própria mãe dela. Manja? Como se fosse uma fralda. AFE, se liga né, meu bem? E além de tudo eu me lembro bem, ela gostava de se mostrar e ficava se achando pacas com um namorado babaca, e a guria nem sabia se limpar! Bem, eu fiquei imaginando ela ligando pra mãe e o namorado do lado dela. “Mãeee, to aqui com o fulano, vem me limpar?” Puff, é cada uma. E o pior é que a história é verídica, e a garota só aprendeu a se limpar quando a mãe não foi pra praia com ela. Brochante, não? Mas é a verdade. Está aí uma grande geração de meninas que estão mais taradas que os meninos e não conhecem o próprio corpo, e além de tudo tem nojo dele. Como pode?

Uma vez na minha aula de pedagogia estávamos discutindo sobre a mulher, suas lutas diárias e etc, a professora disse que existe uma certa tribo indígena que, quando as mulheres ficam menstruadas, são deixadas em ocas “especiais”, onde elas somente descansam e seu sangue é compartilhado com a terra, a própria natureza, onde entra em comunhão. Elas têm todos os cuidados especiais das outras mulheres das tribos, e quando termina o ciclo, quando for a vez das próximas, essas que descansaram cuidam das que por sua vez estão nas condições da menstruação. Maravilhoso, não? Imagine só a gente poder descansar neste período? Mas não, estamos na época de “mulheres-maravilha” onde a gente trabalha, estuda, tem que ficar gata, gostosa e boazinha com namorado e afins, cuida de irmão, de filho, de marido, de cachorro, tem que estar depilada, com as unahs feitas, com a última bota da estação, dá conta de uma porção de problemas, aguenta os problemas e queixas dos outros, e a gente não pode nem explodir, mesmo fora de época, senão já nos apontam o dedo e dizem: é Tensão-Para-Matar! Além de tudo não há mais espaço para se sentir triste, cansada, acabada, carente, melancólica etc etc etc... afinal, a culpa foi nossa, não é? Quem mandou queimar os sutiãs? Sim, somos mulheres, sofremos, sangramos, mas ainda assim estamos por cima. Porém, devemos ter nosso espaço para sermos educadas e para merecer o devido respeito das pessoas, especialmente de nós mesmas. À luta, sempre!

Agradeço a oportunidade de poder expressar um pouco de minhas idéias com garotas tão especiais que com certeza entendem essas situações! E tantas outras! PEACE AND LOVE. Beijos!

Camila Pontes é pedagoga e pretende ensinar sobre o corpo, o mundo e o respeito (and peace and love) aos seus pequenos aluninhos.

26 de agosto de 2009

Escolha Tênis

Postado por Tata na quarta-feira, agosto 26, 2009 6 comentários
O seu namorado adora esportes? Sempre quer ver aquele futebolzinho de domingo? Eu sei, jogos de futebol podem ser bem legais, mas temos que concordar que a qualidade dos jogadores não é das melhores. Que tal propor uma alternativa? Assistam tênis! Quando você pensa em tênis, deve logo pensar no Federer, que tem sido destaque na mídia esse tempo todo e é o número 1 do mundo. Mas se você se focar um pouco mais abaixo na tabela, vai encontrar um tenista muito mais interessante. Em quarto lugar está Novak Đoković, o Nole, sérvio, 22 anos, joga tênis desde os 4 e é bastante interessante, não por sua história, da qual eu não sei nada, mas observem as fotos a seguir:












Ok, peito peludo demais pro meu gosto e ele tem o nariz um pouco grande. Mas vocês sabem o que dizem sobre homens de nariz grande...

PS: Amor, você é muito mais gato que ele!!!

24 de agosto de 2009

Momento mulherzinha

Postado por Amanda Mirasierras na segunda-feira, agosto 24, 2009 2 comentários
O meu momento mulherzinha não tem a ver com tratamentos de beleza, tendências de moda ou problemas de relacionamento. Hoje, o meu momento mulherzinha é sobre a minha vida inteira.

Eu acho fantástico que as mulheres estejam ocupando cada vez mais gerências e diretorias de grandes empresas. Tenho o maior orgulho de fazer parte de um gênero que deu a cara a tapa, se desdobrou em mil e conseguiu galgar patamares supostamente inatingíveis. Mas venho hoje admitir publicamente que não, eu não tenho ambição de ir tão longe.

Veja, é uma posição exclusivamente minha. Não é um conselho, uma crítica ou uma indicação de auto-ajuda, mas eu não sinto necessidade alguma de um dia ocupar um cargo alto. Como já disse o sábio avô do Peter Parker, grandes poderes exigem grandes responsabilidades. E aí eu decidi que não quero nada de grandes poderes.

Ser grandioso dá muito trabalho. Você se envolve com milhares de coisas ao mesmo tempo, é responsável por setores e pessoas, é obrigado a dedicar muito mais tempo além do comercial para o trabalho, tem que escutar um monte de abobrinhas e vive nervoso por problemas que, convenhamos, nem são realmente seus. Essa loucura worhaholic não me agrada mais.

Há algum tempo eu pensava nisso sim. Achava que para ser bem sucedida eu deveria subir cada vez mais e ter um salário cada vez maior. Um salário que pudesse me oferecer uma casa linda, um carro muito confortável, passeios para os lugares que eu escolhesse e viagens todo ano. Sim, tudo isso ainda me soa extremamente interessante. Mas quer saber? Eu não quero tanto.

Nessa minha ainda curta vida profissional, eu tenho convivido com os mais diversos exemplares de profissionais. E cada vez mais eles se parecem menos com pessoas. Pode reparar: se você perguntar a alguém "o que você é?", a resposta imediata será referente a profissão. Eu sou jornalista, engenheira, bancário, secretária, professor. Ah, é? Pois eu sou a Amanda e pretendo continuar sendo.

Minha defesa não é pela casa arrumada ou pelos filhos contentes que uma carreira menos extenuante pode oferecer. É pela vida. É pelo prazer de ter tempo para ser o que se quer realmente ser: leitora, escritora, namorada, espectadora, filha, visitante, estudante, cozinheira, turista, aprendiz, artesã, amiga, pintora. É pela minha grande necessidade de sentir que estou levando uma vida feliz, e não carregando um punhado de obrigações.

Eu estou cansada de contar os dias para o final de semana. São cinco dias de obrigações, irritações e metrô lotado, e dois dias para viver de verdade. Se eu não nasci bióloga, por que aquele papel de letras douradas me obriga a esquecer quem sou?

A minha defesa é pelo desapego. Pelo "ter menos para ser mais". Porque eu sei que sou mais feliz com meus livros e DVDs do que com uma roupa nova. Porque eu descobri que um Celta pode me levar aos mesmos lugares que um Stilo. Porque o prazer que eu sinto ao jantar num restaurante bacana é o mesmo de dividir uma pizza com os meus amigos. E eu confesso que prefiro trabalhar menos, ganhar menos e viver mais do que trabalhar o dia inteiro, ganhar um super salário e nunca encontrar oportunidade de usufruir daquilo que o dinheiro tem a me oferecer (e eu sei bem que o dinheiro tem muitas coisas boas para me oferecer).

Eu bato o carimbo com a certeza de que, se eu realmente quisesse, poderia ter um excelente emprego e um salário muito mais confortável. Mas eu acho que não teria mais tempo de manter três blogs atualizados, ou de sair para bater papo com as minhas amigas numa quarta-feira, ou de tirar um cochilo sem culpa após o expediente. E eu acho que, se assim fosse, eu seria a bióloga rica mais infeliz do mundo.

"Eu gosto. Eu uso. E eu tenho um pouco, que guardo num pote sobre a geladeira." Robbie (Adam Sandler) em Afinado no Amor, sobre o dinheiro

21 de agosto de 2009

Guia futebolístico para mulheres

Postado por Ci na sexta-feira, agosto 21, 2009 4 comentários
1 - Nunca na vida pergunte a qualquer pessoa que estiver assistindo um jogo com você, qual time é da camisa tal, principalmente se for o seu time jogando. É feio e sempre pense na possibilidade de um dos times estar jogando com a segunda camisa. Foque nas cores, nas cores!!

2 - Se você ficar com muita dúvida e não souber porque o juiz apitou, repare: se os jogadores se encostaram e o apito favoreceu seu time você grita "Isso aê, juíz"; se o apito favoreceu o time oposto, você então grita "p*ta juíz ladrão, meu, não foi nada"; se não houve jogo de corpo entre jogadores, arrisque a pergunta: "tava empedido mesmo?".

3 - Se o jogo estiver paradão ou só o outro time atacar, você busca na memória algum jogador que já foi no passado do seu time (vale qualquer um, mas certifiquesse que ele já pertenceu ao seu time) e comenta: "meu, bom mesmo era na época do Paulo Nunes" (o que ele fez? Não lembro e não importa, lembro que ele já jogou um dia no Palmeiras e tinha um corte horrível de cabelo).

4 - Lembre-se que em toda e qualquer situação, o juíz é o culpado. O seu time nunca erra, o time oposto tá vitimizando a situação e é tudo culpa da arbitragem. Xingue o juíz com palavrõs de baixo calão e se estiver em um estádio, siga as riminhas do tipo: "Juíz, careca! Nunca viu'ma perereca!".

5 - Vale a pena se informar antes do jogo qual o goleiro, o técnico e o um jogador em alta. Gera comentários durante a partida do tipo: "Obina! Brilha muito no Palmeiras!" e "Se era pra fazer p*rra nenhuma o Muricy devia ter continuado com os bambis". No estádio, vale: "Putaqueopariuuuu é o melhor goleiro do Brasil, Marcos!!!".

6 - Não se esqueça quem são seus adversários regionais diretos. Por exemplo, Palmeirenses odeiam São Paulo e Corinthians, mas a gente simpatiza com o Santos. E não tem essa de gostar de Ronaldo, porque é bom e blá blá blá.

7 - Nuncanavida troque de time por causa do namorado! Está mais do que provado que casais não precisam torcer para o mesmo time. Se você não tiver time, torcer para o do namorado e pegar amor (pelo time), repito, não troque mais no próximo namorado. Troque de namorado!

8 - Pelo menos umaveznavida, vá a um estádio de futebol e fique na arquibancada! O sentimento é indescritível! Aquele odor desagradável de maconha, um empurra-empurra, palavrões mais cabeludos que o primo Itt, gritaria o tempo todo, mas quando sai o gol e todo mundo grita e se abraça é uma coisa tão lajsiufdosij que não dá pra descrever em palavras.

19 de agosto de 2009

Ai!

Postado por Tata na quarta-feira, agosto 19, 2009 3 comentários
Acho que não existe nada mais tipicamente feminino que dor de cabeça. Os homens também têm de vez em quando, mas ela é muito mais frequente em nós. Lembro de quando eu era pequenininha e minha mãe sempre reclamava de dor de cabeça. Eu achava que devia ser maior legal ter isso. Claro que, tirando a minha já conhecida tendência hipocondríaca, eu achava que ter dor de cabeça era sinal de que eu já era grande. O interessante é que eu li depois em algum lugar que dor de cabeça é uma doença genética somente feminina. Ok, a Cindy e a Amanda vão me matar pela especificação científica, mas é dessas doenças que se a sua mãe tem, pode esperar que você terá, mas aquele seu irmão folgado vai passar ileso.

Mas aí elas começaram de verdade, e eu não achei mais tão legal assim. Porque eu acordo quase todo dia com dor de cabeça e já sei identificar os diferentes tipos que me acometem: tem a dor de cabeça um dia antes de menstruar, que é muito mais intensa e só no meio da testa; tem a dor de cabeça de quando eu durmo pouco, que dá a sensação que meu olho tá desgrudado da órbita, por mais incrível que isso pareça; tem a dor de cabeça de sinusite, que dói na sombrancelha, bem onde começa esse osso da testa, e é sempre de um lado só; tem a dor de cabeça da gripe, que é a acompanhante número um da rinite; e ainda tem a dor de cabeça de stress, de fome, de sol, e sabe que quando eu fico muito compenetrada trabalhando em algo eu acho que meu cérebro dói?

Às vezes eu penso que o meu estado natural é ter uma leve dor de cabeça, ali no fundo, só pra me lembrar que eu estou viva. No dia que ela sumir de vez, eu vou achar estranho.

Post patrocinado pela Neosaldina: sempre na sua bolsa, sempre na sua vida!

17 de agosto de 2009

A minha avó

Postado por Amanda Mirasierras na segunda-feira, agosto 17, 2009 4 comentários
A minha avó foi a terceira de quatro filhos, sendo mulheres ela e a caçula. Como caçula, sua irmã teve algumas mordomias que a minha avó não teve - entre elas, estudar. Minha avó estudou até a terceira série e depois foi colocada num curso de corte e costura.

Minha avó sempre diz que teve uma infância muito boa e que adorava descer as ladeiras com carrinho de rolimã. Deve ter aprontado um bocado, porque até hoje se lembra de quando apanhou por ser pega fumando no banheiro de casa (pessoas, abram a janela caso queiram repetir o feito) e diz que namorava no escurinho onde os ônibus estacionavam.

Ela não gostava do meu avô quando começaram a namorar. Meu avô a via nas missas de domingo e pediu para a mãe dele conversar com a minha avó. Ela, num rompante de maldade, não encontrou com o meu avô na noite marcada e ainda ficou escondida na janela de sua casa olhando o pobre rapaz tomar chuva. Acabou mudando de idéia, sabe-se lá por quais motivos, e eles se casaram.

Minha avó não tinha dinheiro algum quando se casou. A mãe dela, minha bisavó, ficava com o dinheiro das costuras. Reza a lenda que a minha avó não fez as unhas durante a lua de mel por conta disso, e creio que não ter as unhas feitas naquela época devia ser um problema dos grandes.

Minha avó foi morar com os sogros depois de casada. Acho que ela devia ter suas diferenças com o sogro, porque ele bebia além da conta e deixava a casa um tanto triste. Mas amava a sogra e a chamava de mãe. Ela ajudou a cuidar do sogro quando ele envelheceu e ficou esclerosado. E não deixou de nutrir um amor sem limites pela sogra mesmo quando ela estava esquecida e fazia xixi atrás da porta.

Minha avó sempre trabalhou muito. Aguentou as freguesas mais chatas colocando defeitos inexistentes nas roupas feitas e as menos perfumadas durante as provas dos vestidos. Criou minha mãe e minha tia com muito amor e muita palmada, mas as duas sobreviveram quase ilesas. Junto ao meu avô ela reformou a casa onde moravam, comprou um apartamento na praia e pagou faculdade para as duas filhas.

Minha avó abrigou uma tia dela quando toda a família se opôs. Mesmo tendo todos contra ela achou que deveria ajudar a tia cega, e assim o fez. Quando a tia morreu, todos os parentes opositores se curvaram aos seus préstimos.

Minha avó fez o vestido de noiva da minha mãe. E o da minha tia. E um monte de roupas bonitas para mim, meu irmão e meus primos. Mas embora as roupas fossem sob medida, nós gostávamos mesmo era do quintal com piscina de inflar e do quartinho de brinquedos.

Minha avó e meu avô receberam uma ordem de despejo na casa onde moraram a vida inteira. Devido a falta de amparo legal e a um sobrinho sem amor no coração, tiveram que se despedir do Ipiranga e rumaram para uma vida nova. Meu avô carregou com ele a mágoa, a depressão e os problemas pulmonares que o calaram um pouco por dia, fazendo com que a minha avó fosse novamente uma enfermeira. E ela cuidou dele até o fim, com a certeza de que daquela falta de interesse inicial nascera o grande amor de sua vida.

Quando meu avô morreu, minha avó se mudou para um apartamento. E lá ela continuou a fazer suas costuras, a ir até a 25 de março de metrô e a dirigir para a casa da bordadeira. Continuou a fazer minhas blusas de lã, a preparar o melhor molho de macarrão do mundo, a guardar biscoitos de polvilho e clicletes de tutti frutti e a assistir todas as novelas possíveis.

A casa da minha avó sempre tem café com leite, bolo, queijo, risadas e gostinho de passado. Ela tem quase 79 anos, e mesmo que eu viva tanto tempo, nunca vou desvendar o mistério da sua força e da sua eterna juventude.

14 de agosto de 2009

Cindy Massa!

Postado por Ci na sexta-feira, agosto 14, 2009 4 comentários
(Prometo que esse é o último post com o meu nome no título!)

(Deixa o cupcake pra outro dia, hoje tive uma tarefa importante!)

(Mulheres gostam de parênteses, né? Bom, eu gosto.)

Nãããão, eu não levei nenhum OVNI no crânio. Mas vim dividir, no finalzinho da minha sexta-feira, uma notícia que muito me deixa feliz.

Depois de 04 anos de carta, de muita terapia, de muitas desistências e de achar que seria impossível, de acreditar que mulher não nasceu pra isso, de pagar um carro por um ano pra ficar só de carona, de pensar como seria legal levar os filhos pra escola, de desistir e começar de novo umas milhões de vezes, de colocar a vida da minha amiga em uma missão suicida, hoje, pela primeira vez na minha vida, eu dirigi sozinha.

Vou contar os detalhes. Fui, deixei o Du na casa dele e voltei. Tááá, não tem muitos detalhes, mas é que foi emocionante. A gente deixou o celular no viva-voz e ele estava lá, do outro lado da linha só por segurança. Eu não passei nenhum sufoco, God ajudou e o farol estava verde em todas as subidas e deu tudo certo. Ufa. Uma missão a menos.

Não pensem que eu tive algum acidente grave ou algum trauma de infância. Eu simplesmente travei, achei que não consegueria coordenar tudo, mas hoje, sou uma mulher mais feliz! Deve ser coisa de outra vida, sei lá. Sei que é um paradigma idiota meu de achar que mulher não sabe dirigir e eu estou trabalhando duro nisso, pra continuar representando bem o time feminino!

Vrummmmmmmmmmmm=)

13 de agosto de 2009

Eu tenho medo do mesmo

Postado por Convidados na quinta-feira, agosto 13, 2009 5 comentários
Nossaaaa, estou emocionadíssima pelo convite. Abri minha caixa de email e estava assim: - Olá Sheila. Esta semana você é nossa convidada especial!

Adoro ser convidada, ainda mais “convidada especial”, que lindo!

Vamos lá!

Quando se trata de escrever, vem um monte de coisa na minha cabeça e quero escrever tudo, sobre todas as coisas, mas aproveitando o espaço e a oportunidade, decidi abrir meu coração.

Há certo tempo algo vem me incomodando muito. Sempre soube que eu não gostava, mas neste último mês ele tem me perseguido e eu tenho ficado desesperada.
Fico pensando se isto é coisa de mulher, ou se os homens também sentem o que eu sinto. Durante o dia trabalho só com homens, vejo que eles são tão bem resolvidos. Acho que queria ser homem, às vezes.

Já na escola, à noite, trabalho com várias mulheres, e percebo que muitas são iguaizinhas a mim, tem os mesmos sintomas e morrem de medo. Gente! Eu tenho medo do mesmo.

Lembro-me que na época de cursinho, um professor falava a respeito do uso das palavras mesmo/mesma. A polêmica foi erguida em função das plaquinhas de porta de elevador, com aquela genial frase “antes de entrar no elevador, certifique-se que o mesmo encontra-se parado neste andar” – ou coisa do tipo.

Até comunidades no Orkut surgiram, do tipo “ Eu tenho medo do mesmo”. E tenho que confessar: - Eu também tenho!

No mundo das LETRAS, o “mesmo” virou salvação no vocabulário. Para que utilizar a “mesma” palavra se “o mesmo” substitui qualquer coisa?

Nãooooooo, na minha vida não! Não quero que o mesmo substitua qualquer coisa, e nem que seja motivo de salvação para quando não se sabe o que fazer.

Eu tenho certa alergia quando as coisas começam a entrar na rotina. Dá dor de barriga, a espinha começa a congelar e eu fico o tempo todo resmungando e tentando encontrar uma solução, algo novo pra fazer. Seja lá o que for, um curso novo, um serviço social novo, uma música nova para ouvir, uma comida nova, um creme novo pra comprar, um nova fragrância de perfume, um novo filme, uma paixão nova...aliás, nada como uma nova paixão! Seja ela materialmente falando, ou carnalmente...

Um exemplo básico do “mesmo” é quando um relacionamento a dois começa a entrar na “mesmice”. Tem coisa mais chata que isto? Você já não sabe que filme assistir, o que fazer para agradar, pensar em uma comida diferente para comer no final de semana, aonde ir sem ser o “mesmo” lugar, sem precisar fazer e falar as “mesmas” coisas...

No começo todo relacionamento é assim: taquicardia, pelo dos braços arrepiados, frio na espinha mesmo que os termômetros marquem 42 graus, e aquela coisa por dentro que, apesar de não ter uma definição concreta, todo mundo sabe do que eu to falando. Mas depois que acaba a lua de mel, parece que a paixão vai embora sem nem dizer tchau e dá lugar ao amor sereno, tranqüilo, companheiro – que é bom e a gente gosta - mas não ocupa o lugar deixado por uma paixão.

Dizem que para tudo na vida tem um jeito, e é este jeito que fico procurando às vezes, algo para ocupar o espaço que alguma coisa realmente apaixonante deixou vazio. Ahhh, o bem estar que a paixão proporciona é incomparável.

O mesmo é muito chato, eu não gosto, eu preciso estar constantemente apaixonada por alguma coisa, por alguém, por um sonho, por uma conquista, por um trabalho. Quando tudo começa a ficar morno, sem emoção, eu fico com medo.

Não sei sinceramente se eu sou normal, há quem diga que não, mas não sei viver de outra forma, preciso sempre estar envolvida em algo apaixonante.
Humm... e escrever no blog de vocês esta semana fez o meu “mesmo” não ser tãooo o mesmo.

Obrigadinha!!!

Sheila Souza, professora formada em Letras, veio prazerosamente repartir suas paixões (nem sempre as mesmas) conosco essa semana.

12 de agosto de 2009

Escravos da Mídia

Postado por Tata na quarta-feira, agosto 12, 2009 2 comentários
Eu sei que esse pessoal de Hollywood ganha dinheiro que nem água e não acho que a vida deles deve ser tão difícil assim. Sempre que ouço alguém falar isso penso que, claro, filmar por 5 meses e passar os outros 7 de férias em Ibiza deve ser muito difícil mesmo.

Mas uma coisa é certa, esse pessoal sofre muito com a intromissão da mídia na sua vida. Como eu leio muitos portais e blogs é engraçado ver como cada um interpreta determinada notícia de uma maneira e acaba influenciando bastante no que os seus leitores vão pensar.

Dois casos me chamaram atenção nesses últimos tempos. Um é o da Mischa Barton, eterna Marissa. Primeiro saiu em todos os sites a foto dela na sacada com perna de casca de laranja. Tenha dó, que mulher não tem celulite? E se existir alguma, é minoria. Depois ela deu uma engordadinha, pronto, já virou baleia. Aí a menina deve ter lido tudo, ficou paranóica, emagreceu e todo mundo saiu falando que ela era anorexa.

Depois teve o caso da Gisele Bundchen. Ela ficou com frescurinha de esconder a gravidez, mas continuou trabalhando, por que todas as grifes querem Gisele. Aí photoshoparam a barriga de grávida dela. Eu vi alguns sites falando "poxa, que legal que ela continua fazendo as campanhas" e outros lançando matérias do tipo "Até Gisele apelou pro Photoshop". Claro que as últimas chamam mais leitores. Deve ter a ver com a maldade humana inata.

Se a mídia tem culpa, os leitores também, por alimentar esse tipo de atitude. Em todo caso, se eu fosse famosa, me isolaria em Ibiza e deixaria o Pc em casa!

10 de agosto de 2009

Talvez eu não queira

Postado por Amanda Mirasierras na segunda-feira, agosto 10, 2009 2 comentários
Pode ser que nem todas as mulheres pensem como eu, mas acho que o acúmulo de tarefas e a cobrança para sermos perfeitas em tudo são muito cansativos.

Se antigamente nós éramos criadas para sermos boas esposas e donas de casa, hoje temos que ser excelentes profissionais e continuarmos bonitas. Não dá, gente. Nós somos humanas e temos o direito de não saber cozinhar, de não fazer as unhas, de dizer pro chefe: "não sei fazer isso". Mas não, nós queremos ser super-mulheres. Eu quero.

Eu quero ser reconhecida como uma boa profissional. Eu me dedico ao trabalho e quero ter meus esforços recompensados. Quero uma carreira decente e um bom salário. Quero mais qualificação. Quero cursos e pós e mestrado e doutorado. Quero estar bonita.

Quero que a roupa caia bem, que o sapato seja lindo, que o cabelo esteja arrumado, que as unhas estejam feitas, que a sobrancelha esteja tirada. Que na bolsa esteja o óculos de sol, a agenda, o espelho, a carteira e o batom. Quero ser educada e firme ao mesmo tempo.

Quero uma casa bonita. Quero que eu consiga arrumá-la do meio jeito, que os móveis estejam sem pó e que as toalhas estejam secas. Quero cozinhar bem e quero deixar a cozinha limpa depois do jantar. Quero ser uma boa mãe, amiga e firme na medida certa. Quero férias para descansar, viajar e conhecer lugares novos. Quero ler mais livros. Ver mais filmes. Escutar mais músicas. Quero fazer compras no mercado para que nunca falte papel higiênico. Quero dividir as despesas com o meu namorado/noivo/marido. Quero ser uma boa namorada/noiva/esposa. Quero ser uma boa companhia, quero participar da vida dele e deixar que ele participe da minha. Quero repartir as escolhas com ele com exatidão. Quero ser uma boa filha, porque meus pais vão envelhecer e alguém precisará levá-los ao médico. Quero ser uma boa amiga, quero ter boas conversas.

Eu quero tanto que, às vezes, nem sei se quero. Não sei se quero mesmo ou se preciso provar que posso. Provar para mim e para o mundo que eu consigo ser mil e uma mulheres dentro de 1,66 de energia acumulada.
Eu quero ser apenas mais uma e poder assistir Friends deitada no sofá enquanto a vida corre do lado de fora.

7 de agosto de 2009

Cindy X Cozinha

Postado por Ci na sexta-feira, agosto 07, 2009 3 comentários
Resta a nós, mulheres elegantíssimas de salto (se vocês me vissem hoje, se decepcionariam... tô de filão, meia de menino cinza, meio despenteada e com o óculos mais pra ponta do nariz que na posicão correta), as tarefas culinárias árduas, passadas através de gerações com receitinhas especiais da vovó da vovó.

Não sei onde mamãe errou na minha genética culinária. Não rola. Não funciona. Uma salva de palmas para minhas colegas do mesmo sexo que se dão bem com os temperinhos. E outra pras que já se garantiram com o namorado/noivo/marido e deixaram bem definido quem faria o que e acabaram se livrando da tarefa. Minhas experiências com o cônjuge não foram lá tão animadoras.

Mas eu tento. Gosto mais de fazer bolos e doces (tipo merengue, que é só juntar tudo), mas essa semana, depois de minha mãe me olhar com cara de cachorro pidão, eu tentei fazer alguma coisa na cozinha. Peguei uma receita de arroz de forno no Tudo Gostoso - meu site preferido para receitas e meu pai ficou encarregado de comprar os ingredientes.

Eles falaram que ficou gostoso, mas eu duvido. Eu experimentei tanto durante o longo tempo de preparo que quando sentei pra comer, não tinha mais fome nenhuma. E de ver os ingredientes separados, quando eu juntei, tinha gosto de ingredientes separados, não sei explicar. Era carne moida, arroz com gosto de alho e purê de batata.

Mas estou tentando. Achei que nem fui tão mal assim no malabarismo... Vai ser difícil quando eu estiver na minha casa, ter fome fazendo a comida, mas acho que acostuma. Depois dessa minha experiência essa semana, eu acho que vou continuar nos meus docinhos por um tempo ainda. Falando em docinhos, a Tata me apresentou os cupcakes! Se tudo der certo, semana que vem, posto minhas fotos dos meus cupcakes pra vocês. Não é a coisamaislindadomundo???

5 de agosto de 2009

Meias, meias, minhas meias!

Postado por Tata na quarta-feira, agosto 05, 2009 10 comentários
Eu tenho uma paixão secreta por meias. Na verdade, uma paixão conhecida, várias pessoas já me deram meias de presente. Talvez por eu ser tão preguiçosa, minha roupa preferida é pijama e meia. Mas meia bonita, hein? É claro que eu tenho de reserva umas zuadinhas, mas só uso em último caso. E quando eu gosto das meias, compro logo duas. Tem aquela pink linda, que eu tenho duas; uma roxinha que combina com o meu all star roxo e com o meu pijama novo; a rosa que combina com o meu tênis cinza e rosa que eu nunca uso; a rosa e azul, que eu tenho uma versão em amarelo e azul também; e mais um monte de florzinhas.


Quando a Cindy e eu estudávamos juntas, nosso plano para o futuro era abrir uma loja de meias, dessas bem bonitas, com quadradinhos de madeira na parede pra colocar as meias, que seriam todas lindas e coloridas, claro. O plano ficou pra trás, mas hoje eu vejo inúmeras lojas como essas que a gente idealizava. A melhor delas é a Puket, que dá vontade de entrar e levar todas, aliás, duas de cada. A primeira meia dessas lindas-que-dá-vontade-de-ficar-só-olhando que eu ganhei foi justamente da Puket, e da Cindy.

A gatinha tinha olhinhos de plástico que se mexiam, mas óbvio que com o tempo, eles caíram. Viu porque dá vontade de só olhar? A segunda meia mais linda, eu ganhei do Fê. Eu fui com ele numa loja escolher sapato e vi uma meia da Pucca de babar, com brilhinhos e tudo, e fiz um escândalo! Acho que ele me deu só pra não passar vergonha...


E a terceira mais linda eu mesma que comprei e foi um achado, naquelas cestas de 4 por 10,00, sabe? Na hora eu só tinha achado ela linda, mas depois que cheguei em casa e reparei nos detalhes, ela virou minha paixão. Cada pé é diferente e eu sempre coloco ela ao contrário na pressa e depois tenho que mudar. Os gatinhos que têm nela são diferentes, e o gatinho macho está entregando um coração e uma carta pra fêmea e dizendo "I Love You" e ela, com cara de envergonhada, responde "Me too".

Não é fofa?

3 de agosto de 2009

Coisas do meu tempo

Postado por Amanda Mirasierras na segunda-feira, agosto 03, 2009 7 comentários
Ninguém nasceu adulto e mulheres que supostamente infartam em liquidações também já foram garotinhas um dia. Em meio a trânsito, contas a pagar, imprevistos do cotidiano, empregos bocejantes, cólicas e problemas de relacionamento, deveria de vez em quando sobrar espaço para relembrar os bons tempos de meninice.
Vocês, mocinhas, não morrem de saudade...

De álbum de figurinhas?
Houve um tempo feliz e saudável em que a alegria vinha em pacotinhos de papel vagabundo. A diversão auto-colante/autocolante/auto colante/alguémmedêumguiaortográfico era garantida por intermináveis minutos que gastávamos alinhando com cuidado as figurinhas nas bordas. Depois ainda dava para trocar as repetidas com os colegas e, se o sei pai topasse preencher o cheque, o álbum ficava completo assim que a editora mandasse aquela figurinha mais difícil de tirar.

De coleção de papel de carta?
No meu caso, era a minha mãe que se encarregava de aumentar a coleção. Toda semana ela trazia os papéis desenhados e eu morria de dó de trocar com as meninas da escola, porque achava os meus mais bonitos e harmoniosos (vai entender). Até hoje eu tenho um roxinho que troquei com uma colega chamada Fanny, e quando olho para ele penso no quanto o meu era bem mais bonito...

Da Barbie noiva?
Vou logo explicando que nunca tive Barbie noiva. Mas um dia minha mãe cedeu aos apelos e me deu o tão estimado vestido branco. A minha Barbie chiquérrima trocou o sobretudo e as botas cano longo pela roupa de noiva bufante, e o encantamento durou até que eu percebesse que o meu Ken era versão praia. O casamento foi suspenso até que o boneco tivesse algo além de shorts verdes e pés descalços.

Das bonequinhas de papelão?
Não sei se aquelas bonequinhas que tinham as roupas também de papelão encaixadas por um filetinho branco eram batizadas. Mas sei que era uma alegria promover as combinações mais absurdas enquanto mudava as "roupas" em segundos. O problema era quando a afobação na hora de destacar o brinquedo da embalagem era grande demais. Aí eu rasgava um pedacinho e as roupas ficavam com uma parte marrom destoante.

Das canetas de dez cores?
A versão paraguaia e drag queen da Bic quatro cores foi minha paixão por algumas semanas. Na verdade as cores eram todas meio mortas e eu nunca cogitei escrever em marrom, bege ou amarelo apagado, mas eu abusava do rosa e do azul claro. E no final a folha do caderno ainda ficava com aquele cheirinho doce.

E vocês, meninas? Do que andam sentindo saudades?
 

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