30 de dezembro de 2009

Sobre expectativas, desejos, rituais, promessas e afins

Postado por Tata na quarta-feira, dezembro 30, 2009 3 comentários
Todo fim de ano é a mesma coisa, aparecem mil rituais de boa sorte, de comer uva e guardar a semente, de jogar flores pra Iemanjá, de usar calcinha nova, de escolher a cor da camiseta. Desses dois últimos eu não abro mão: todo ano novo tem a calcinha vermelha nova, pra garantir a paixão, e eu vou variando a cor da camiseta, que esse ano é amarela, porque amor eu já tenho, agora me falta o dinheiro.

E todo ano novo, traz promessas novas: tem gente que quer parar de fumar, quer emagrecer, quer voltar a estudar ou mudar de emprego. Nesse ano, a minha promessa é não fazer promessas. Acontece que eu quero tanta coisa, mas que dependem de acontecimentos que estão totalmente fora do meu controle, que eu resolvi relaxar e esperar. Quando chegar a hora, eu decido.

Quando eu penso nas coisas que eu quero pro ano que vem, bem, elas são muitas, mas se a vida continuar tomando esse rumo de agora, já está muito bom. Então, sem reflexões muito profundas, o que eu espero de 2010 é que o Brasil ganhe a Copa (e que eu ganhe muitas daquelas tabelinhas bonitas que a gente preeenche na Copa), que o Adriano esteja na seleção, pros jogos terem mais graça, que o Fê consiga fazer o TCC dele sem grande estresse (e que ele termine logo a faculdade, que tenha uma super festa de formatura e que nós tenhamos nossas noites livres finalmente), que o PSDB finalmente saia do poder em São Paulo e que o Serra não seja presidente (não porque eu tenha outro candidato em mente, só porque eu não gosto do Serra mesmo), que eu compre o meu Nintendo Wii e faça minha nova tatuagem.

E a profundidade, eu deixo pro Drummond:

Receita de Ano Novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser, novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

(Carlos Drummond de Andrade)

28 de dezembro de 2009

Guia prático para um ano novo

Postado por Amanda Mirasierras na segunda-feira, dezembro 28, 2009 4 comentários
Eu adoro ano novo. Não ligo para grandes festas e nem faço questão de ver queima de fogos, mas é incrível a sensação de dever cumprido que eu sinto. Como se eu tivesse fechado um ciclo e estivesse inteiramente renovada para recomeçar com mais vontade.

Não sou dada a promessas e mandingas de ano novo. Não pulo ondas, não como uvas, não faço listas, mas sempre repasso tudo o que aconteceu e penso em como poderia ter sido melhor - ou, em certos casos, menos pior.

Para aqueles que gostam de promessas de ano novo, ou para os que simplesmente fazem um balanço final, me atrevo a sugerir alguns exercícios durante o ano que vai começar. Eis aqui o que desejo para vocês em 2010:

1. Fique perto de quem você ama
Esteja cercado de amor, seja da sua família ou dos seus amigos. Divida tudo com quem você gosta. Não guarde pessoas especiais para aniversários ou baladas; faça parte da vida delas e permita que elas façam parte da sua sempre.

2. Não se esconda atrás das suas imperfeições
Todos temos defeitos e é muito válido conhecer cada um deles. Mas não cometa o erro de se basear neles para justificar suas atitudes. Não queira ser compreendido porque sua natureza á briguenta, teimosa ou mal humorada. Ao invés disso, tente contornar as situações e encará-las de uma maneira diferente e menos carrancuda.

3. Assuma suas responsabilidades
A vida é cheia de novidades, e muitas vezes elas fogem do controle. Nós não controlamos o mundo, mas controlamos nossa postura. Então, entenda que você leva exatamente a vida que quer levar. E se não leva, aprenda que mudar só depende de você.

4. Tenha coragem
Continuando o pensamento acima, não enxergue sua vida de maneira permanente. Permita-se mudar, recomeçar, arriscar, se dar mal e tentar outra vez. Acho que ter coragem é a única maneira de olhar para a própria vida e ter a certeza de que estamos fazendo tudo o que é possível.

5. Acredite
Não é preciso crer em algo extraordinário ou seguir uma religião. Mas acredite em você, no mundo, na sua vida, nas pessoas, na bondade. Acredite do fundo do coração que tudo pode melhorar, que as dores são passageiras e que você vai ser muito feliz. Apegue-se a essa crença com toda a força.

E é isso, queridos amigos. Espero que o ano que vem seja sempre melhor do que esse. Que vocês sejam felizes, amem, riam, aprendam e nunca desistam. Nos vemos em 2010!

25 de dezembro de 2009

Então, é Natal!

Postado por Ci na sexta-feira, dezembro 25, 2009 3 comentários
Tenho apenas uma lembrança clara do Papai Noel na minha infância. Uma vez, enquanto meus pais colocavam o presente na porta da casa da minha avó, meu primo corria comigo pra laje e apontava pro céu. Eu ficava meio na dúvida, porque ele falava "olha lá, olha lá" e eu não via, bem, nada, mas ainda sim acreditava. E é óbvio que eu estava errada. O presente estava lá, o Papai Noel havia sim, passado por ali.

Acho triste quem diz que Papai Noel não existe. Eu acredito em Papai Noel. Que se pode fazer se eles insistem em se disfarçar de gente normal. Mas que eles existem, existem.

Já tem um tempo (acho que sempre) que eu acredito na magia. A mágica é outra história. Talvez não possamos acreditar no bom velhinho que faz os presentes em uma máquina enorme e voa por aí em um trenó, seria mágico mas irreal. Mas podemos acreditar na magia que envolve uma criança escrever uma cartinha e um pai, um papai noel, que dá o seu presente feliz na noite de natal.

E eu acredito e sempre acreitarei. A magia do Papai Noel é real.

Apesar de nunca ter visto o bom velhinho e de nem sempre na vida ter tido Natais maravilhosos, eu amo Natal. A magia não está apenas no Seu Noel, mas está em cada cantinho, em cada lembrancinha, em cada Feliz Natal. É toda uma preparação, tem as comidas, o cheiro de Natal que invade a casa neste momento (porque hoje é dia 24, programarei para entrar o post à meia-noite), os presentes que eu acabei de embrulhar

Escolhi cada um a dedo e com o coração. Não comprei nenhum para fazer social e embrulhei cada um com o maior carinho e amor do mundo! Usei minhas embalagens de pobre com fitilho e papel celofane transparente. Usei papel de dobradura (porque eu nunca sei o nome) verde e vermelho e acabo de colocá-los na árvore. Daqui a pouco vem o banho de Natal, a roupa escolhida especialmente para a ocasião e os parentes chegando.

A gente fica cheio. É um sentimento tão grande que a gente se abraça, se deseja, as bons votos parecem que saem da pele e fica aquele clima agradável, sorridente, embalado pelo cheiro do Peru e pelas renas saltitantes que decoram o salão. A decoração por sinal, começou cedo. Tem as renas, o papai noel no seu trenó, o presépio (aguardando Jesus que é colocado pela criança mais nova à meia-noite), a mesa de comidas toda decorada, a neve artificial que está em todos os locais... até na escadinha do quadro. As velas nos cantos, muitas luzinhas e pisca-piscas. E os presentes. Muitos presente.

No meio de tudo isso, está a magia. Em cada embrulho, em cada aroma, em cada pisca-pisca. Essa boa energia nos renova e nos prepara. Nos liberta. É o booom de coisa boa, para ficarmos livres para as promessas do próximo ano. Pelo menos uma vez, passa a raiva, o rancor, passa por um bem maior. E aí vem o ano novo e entramos recarregados no ano seguinte.

Não sei se todas as pessoas têm Natais tão felizes como são os meus. Mas neste Natal, desejo a vocês que tenham, cada um do seu modo, os Natais mais felizes do mundo.

"Então bom Natal e Ano Novo também, que seja feliz que souber o que é o bem."

23 de dezembro de 2009

Os Fantasmas de Natal

Postado por Tata na quarta-feira, dezembro 23, 2009 3 comentários
Sabe, eu não consigo decidir o que eu gosto mais no natal: se são os presentes, os cartões, os papéis coloridos, as musiquinhas, a neve, as árvores enfeitadas, as luzinhas, as comidas ou o clima de paz que paira no ar. Pensando nos meus natais, eu consigo dividi-los perfeitamente em três fases.

O Fantasma do Natal Passado: os meus Natais de pequena eram muito mais mágicos, mas talvez seja impressão, porque eu era pequena e fantasiava mais em cima deles. Todo ano eu assistia o Especial de Natal da Xuxa (que costumava ser dia 24), mas antes eu colocava um sapato perto da janela (eu sei, devia ser uma meia!) pro Papai Noel deixar o meu presente, e depois da meia noite saía correndo pra ver se o presente já estava lá. E sempre tocava a música da Simone. Nessa época, teve o Natal triste, quando minha prima me contou que Papai Noel não existe (não?), mas teve o Natal super divertido com um mega amigo secreto da família toda (e que eu tirei minha avó) e foi quando eu ganhei a árvore grande que eu tanto queria!

O Fantasma do Natal Presente: coincidentemente, depois de me dar a árvore, os meus pais desencanaram de fazer festona de Natal. Talvez porque eu já me divertisse o suficiente montando a árvore, embrulhando presentes de mentirinha pra colocar embaixo dela, fazendo neve de algodão, enfeitando o resto da casa, etc. Então, os meus Natais passaram a ser nômades, cada ano em um lugar. Teve um chato na casa das minha tias crentes que não comemoram natal (e que a gente só descobriu na hora), teve um no interior que só tem o almoço do dia 25 (quando eles matam um porcão) e a gente passou a noite numa praça e me frustrou, teve em casa só com os meus pais, e teve os mega Natais na casa da Cindy, super decorados e com muitos presentes (e foi onde eu aprendi a comer cereja de verdade!). Esse ano, o Natal vai ser diferente de novo, com a família do namorado, e ele fez boa propaganda. Acho que meus próximos Natais serão sempre lá, até que chegue...

O Fantasma do Natal Futuro: porque um dia, eu vou ter minha casa, e ela vai ser muito decorada, e vai ter luzinhas e musiquinhas ligadas em todas as noites de dezembro (inclusive a música da Simone), e eu vou dar uma festona na noite de Natal, cheia de crianças e de presentes. E o Fê vai ter que se vestir de Papai Noel enquanto os nossos filhos acreditarem nele. E vai ter uma meinha pendurada com o nome de cada um. E muitos Papais Noéis de chocolate, que serão proibidos só de mentirinha, pras crianças ficarem com mais vontade de pegar. E os presentes, os cartões, os papéis coloridos, as musiquinhas, a neve, as árvores enfeitadas, as luzinhas, as comidas e o clima de paz que paira no ar...

21 de dezembro de 2009

Um dia que tem que ser especial

Postado por Amanda Mirasierras na segunda-feira, dezembro 21, 2009 5 comentários
Sabe aquela euforia saltitante que ocorre uns dias antes do Natal? Aquela alegria que dá quando se ouvem as músicas natalinas enquanto se está com os amigos tomando sorvete? A felicidade que se sente enquanto se monta a árvore e se coloca a guirlanda na porta? Aquilo que chamam de espírito natalino? Pois é, eu não sei mais.

Não que eu deteste o Natal ou algo do tipo. Eu apenas não sinto nada especial. Preferia sim que não houvesse tantas comemorações; preferia não gastar tanto dinheiro em presentes, pedir pizza ao invés de comer peru/pernil/chester e ficar na minha casa assistindo algum filme. Mas encaro as comemorações sem grandes traumas.

O Natal me deixa numa anestesia meio triste. Acho triste, afinal. Não sei o porquê. Deve ser porque é tudo tão colorido, bonito e feliz, parece que é uma obrigação ficar feliz também. Parece uma época de tapar o sol com a peneira, sei lá. Não acho muito alegre, na verdade.

O bom do Natal é que muita coisa é perdoável. Você abraça pessoas que não estiveram com você quando foi necessário e as desculpa pela ausência. Você enterra as diferenças através de papéis coloridos e sorri com sinceridade. Você se atrasa, sai mais cedo do trabalho, não tem hora para nada e está tudo certo. Porque é Natal e o mundo fica feliz.

Depois você lava a louça, recolhe os papéis rasgados, distribui as rabanadas e volta para casa de barriga cheia e coração leve. Tudo volta ao normal e a vida ressurge em sua realidade mais sem graça. Ficam as lembranças: dos filmes natalinos, dos amigos-secretos de colégio, quando se ganhava a agenda-diário do ano seguinte, da boneca esperada por tantos meses, do cheiro de assado invadindo a casa.

Enfim, é Natal. Então, feliz Natal para vocês!

It's coming on Christmas,
And they're cutting down trees
Putting up reindeer
And singing songs of joy and peace,
Oh, I wish I had a river I could skate away on

River - Joni Mitchel

18 de dezembro de 2009

Amigas Fêmeas

Postado por Ci na sexta-feira, dezembro 18, 2009 5 comentários
É sempre complicado amizade com mulher. Talvez por este motivo, eu tenha pouquíssimas amigas. Vamos lá, por que é complicado? Primeiro, porque mulher mede. Segundo, porque mulher compete. E terceiro, porque mulher geralmente é falsa ou disfarçadora.

Entre em um ambiente com uma roupa mais assim e pronto. As mulherem medirão você. Não precisa ser uma roupa mais assim, apenas entre. Mulher mede e ponto. Seja para elogiar, para criticar, você será medida. Da cabeça aos pés. Suas roupas serão observadas e se você deu uma engordadinha também. Notas mentais serão criadas para o próximo encontro. Algumas medem secretamente, outras são mais descaradas.

Toda mulher se arruma para ser a mais linda do mundo, ainda que seja para o mundo de alguém. Talvez ela não se vista para parar uma festa inteira, mas com certeza, para parar alguém da festa, mesmo que ela não conheça esse alguém. E mesmo que ela não seja a mais linda do mundo, se não estiver se sentido assim, serão horas de cara emburrada e mau humor.

Se você está com uma maquiagem horrível e perguntar a outra mulher "esse rímel novo não é o máximo???" a falsa vai responder "compra um pra mim quando você for lá de novo?" e a disfarçadora vai dizer "nossa, o que eu reparei mesmo são nesses brincos, achei lindo!". O que importa é, nunca acredite inteiramente nas palavras de uma mulher. Se ela achar realmente bonito, pode falar (o que dependendo do caso, acho difícil). Do contrário, espere uma falsidade ou um desfarce.

Esses casos são evitados apenas com uma amizade extremamente sincera. E olhe lá. E antes de dizer "ahhh, mas eu não sou assim", pare e pense.

14 de dezembro de 2009

É, sempre tem uma

Postado por Amanda Mirasierras na segunda-feira, dezembro 14, 2009 5 comentários
Quando a Tata e da Cindy relataram suas fúrias, eu não tive muito o que comentar a respeito. Mas, claro, o meu dia finalmente chegou!

De vez em quando eu dou uma fuçada no orkut do meu namorado. Aquela passada básica pra saber o que anda rolando, sabe? Não é, assim, o perfil maaaais badalado da net, mas de vez em quando surge uma cara nova nos recados e eu vou conhecendo os amigos dele que ainda não vi pessoalmente.

Pois eis que no sábado, no auge da falta do que fazer, eu fui lá contra-atacar o recado engraçadinho do primo dele. Quando abro a página de recados, vejo um recado novo assinado por alguém que, huumm, pelo nome... é ex-namorada.

Sim, eu sei quem é. É a ex que mora longe, aquela cuja irmã mora aqui em Sampa e é muito gente boa. A tal parece mesmo ser legalzinha, e eu não vejo problemas em ter um contato socialmente aceitável (porque amizade já é forçar a boa vontade) com uma ex bacana e que leva a vida dela sem encher o saco numa boa longe daqui.

Mentira, eu não ligo muito porque ela nunca deixa recado e tem namorado.

Então eu cliquei para ver o perfil da garota. E, é claaaaro, agora ela não está mais namorando! Ao lado da foto sorridente, pousa o famigerado "solteira". Digam, garotas, será mera coincidência que a cidadã tenha resolvido dar sinal de vida justamente quando o namoro terminou? Será que bateu saudadezinha dos amigos (ex-namorado, porra!) bem agora que ela está pimpona, livre, leve e solta?? Por acaso vocês ficam com siricutico de procurar ex-namorado quando estão avulsas simplesmente porque ele é legal???

Não!

Nesse caso, existem três opções:

1. Você adiciona a garota como amiga e ainda manda um recado simpático, tipo cachorro mijando no poste pra marcar território (não, falsidade nunca foi meu forte);

2. Você proibe o namorado de sequer responder o recado (não, eu nunca vou admitir que essa é minha vontade verdadeira);

3. Você espera para ver se ele vai ter o bom senso de responder com distância e educação suficientes para que não exista réplica (bingo!).

O que NÃO é uma opção é, de repente, afirmar que não tem nada a ver! Hahahahaha, conta outra! Eu também sou mulher, e simpatia de cu é rola.

Ex-namoradas, ardam no mármore do inferno!

11 de dezembro de 2009

De pintinhos a pezinhos tamanho 21

Postado por Ci na sexta-feira, dezembro 11, 2009 4 comentários
Quando eu era pequena, ganhei um cachorro. Se chamou Snoopy porque veio com esse nome, por mim, teria o nome do macaco do Elo Perdido, no auge do meu sucesso na época, mas sinceramente, não lembro mais o nome... Sei que ganhei um cachorro quando pedi um irmão, e isso (e os meus 6 anos de idade) fez com que eu nao cuidasse do cão tão bem assim. Ainda sim, ele foi muito bem cuidado pela minha mãe (a mãe do meu irmão) por 11 anos, quando comeu o veneno do rato.

Ainda pequena, eu tive uns 18 pintinhos. Era comum as crianças criarem pintinhos ou só eu que era uma criança sozinha e minha mãe tentava me arrumar companhia? Eram pintinhos amarelinhos, que a gente comprava na volta pra casa. Eu disse 18? Só na época do pré, deve ter sido 1 por semana. Diz a lenda e a minha mãe que alguns ela mandou pro sítio, mas pode ter certeza, pelo que me lembro, matei a maioria... O mais chocante ou que ficou mais forte na memória foi o que eu derrubei a vassoura nele. Aí eles adormeciam meios cambaleantes e no outro dia de manhã vinha a triste notícia: o pintinho foi pro galinheiro do céu. Mais choradeira, mas pintinhos! Eram todos iguais mesmo! Às vezes eu teimava em querer a codorna. Aí minha mãe comprava logo um casal pra ver se pelo menos saia uma refeição dali, né? Mas nada... Acho que elas ficavam bravas porque a gente cortava as asas e se recusavam a nos dar a cria.

Já maior, vieram os peixes. A Tata me deu o falecido Flitwick e minha avó a falecida Mafalda Fata. Depois, meu pai comprou uns peixes tão grandes pro aquário que pareciam tubarões. Aí foram para o mar do céu o peixe do meu pai (que eu não lembro o nome) e o da minha mãe (que eu também não lembro o nome), assassinados pelo meu revoltado e atualmente falecido peixe chamado Cavalo-branco. Quando fui escolher, peguei logo o maior. Aí ele era brigão, matou os outros dois na porrada (ele dava cada pancada que chegava a levantar a tampa do aquário) e morreu de tédio, porque não tinha mais com quem brigar.

Agora não tenho mais animais de estimação. Já tentei há um tempo atrás, sem sucesso. Mas o que me preocupa mesmo é: como será que é ter um filho? Porque se os desastres permanecerem, a Manuela, a Carol, a Mariana (ééé eu gosto de Mariana sim!), não duram 3 dias sob meus cuidados... Talvez um menino seja mais resistente e dure mais tempo, só talvez. Agora que o tempo está passando mais depressa, acho que tenho que ficar um pouco mais velha e mais responsável para cuidar de outra vida. Pezinhos tamanho 21 são frágeis demais para serem mal cuidados, não é mesmo? Quanta responsabilidade! Filho não é cachorro, pintinho ou peixe. Definitivamente nao é.

Mente que puxa, hoje fui comprar o presente de Natal da Bruna. Ela tem 1 ano e meio e a gente se adora! Ela é filha da solange, manicure aqui do salão. Comprei um maiô cor-de-rosa e os chinelinhos tamanho 21 também cor-de-rosa. Não me pergunte como cheguei nos pintinhos dentro daquela loja colorida cheia de miniaturas.

9 de dezembro de 2009

Querida rotina

Postado por Tata na quarta-feira, dezembro 09, 2009 5 comentários

Todo mundo diz que os relacionamentos estão fadados a cair na rotina, e talvez eles estejam mesmo, mas eu me pergunto, isso tem que ser uma coisa ruim? Talvez seja por que eu sou taurina, mas a rotina não me incomoda, ao contrário, ela me deixa mais segura, mais controlada, mais planejada. Eu tenho pelo menos 3 opções de caminho pra ir trabalhar, mas, óbvio, eu defini o melhor e vou sempre por ele, a não ser que eu acorde atrasada e precise usar o plano B. No trabalho, eu tenho toda uma rotina que me deixa mais organizada e as empresas em geral definem suas rotinas e cada funcionário tem que se adequar. Então por que as pessoas tem esse conceito padrão de que rotina é ruim?

Desde que eu comecei a namorar eu ouço coisas do tipo: Aproveita agora, por que daqui a algum tempo você vai ver... o começo é que é a fase boa, depois de 1 ano tudo desanda, vocês caem na rotina. Bom, eu não tenho muito com o que comparar, por que é a primeira vez que algum relacionamento meu dura mais de um ano (aliás, mais de 3 meses) e eu não acho muito certo comparar com relacionamentos de outras pessoas, mas eu preciso dizer que a rotina não me incomoda. Óbvio que depois de quase 1 ano e 6 meses não há como negar a existência dela, mas eu juro que acho até melhor agora. It's getting better all the time! Será que sou só eu?

Poxa, no começo tem aquela coisa avassaladora, tudo é novidade, o coração dispara por qualquer coisa, é a fase do descobrimento, mas também é a fase da dúvida, do: o que eu vou falar?, será que ele vai me ligar?, o que ele vai achar disso?, será que ele vai gostar dessa roupa?, de demorar 30 minutos pra decidir o sabor da pizza, de não saber qual filme escolher no cinema. De sorrir pra tudo, de ser simpática pros amigos dele irem com a sua cara, de conhecer a família.

Depois, você conhece tão bem a pessoa que está ao seu lado que sabe que pode falar qualquer coisa pra ela, sem medo de julgamentos, que pode escolher o seu melhor vestido ou estar descabelada e ainda de pijama às 4 da tarde e ele vai te achar linda. Que decide em 10 segundos que vocês vão pedir meia portuguesa sem ovo (porque portuguesa é minha preferida, mas ele não gosta de ovo). Que pode falar pra ele baixar aquele filme que ele tanto quer ver da internet e assistir sozinho, por que você não vai de jeito nenhum no cinema pra ver um filme nacional (odeio) e ao mesmo tempo convencer ele a parar de ver aquela série super legal pra vocês poderem assistir juntos, sabe-se lá quando, já que tem umas 3 na frente dessa. Que pode chamar o seu cunhado de sem noção ou gostar da sua sogra como se fosse sua mãe. Que os amigos dele viraram seus amigos também. Que você sorri por querer.

Eu gosto de certezas, gosto de saber que nós vamos estar juntos de sexta a domingo, mesmo que eu não saiba exatamente o que faremos. E gosto da certeza de que se a gente sair nos 3 dias, vai ser bom, mesmo que seja pros lugares que a gente sempre vai. E se a gente ficar os 3 dias trancados em casa, vai ser bom também, e nossa única grande decisão vai ser escolher um filme legal pra baixar e nossa grande briga vai ser pra decidir se vamos assistir Friends ou Prison Break e nossa grande dúvida vai ser o que comer.

E se o passar do tempo fez com o que o meu coração parasse de disparar, nunca vai me fazer deixar de sorrir quando eu recebo aquela mensagem inesperada no meio do dia.

7 de dezembro de 2009

Customize!

Postado por Amanda Mirasierras na segunda-feira, dezembro 07, 2009 4 comentários
Obs.: lembrem-se, as fotos são feitas pelo celular.
Obs. 2: sim, eu vou me esforçar para vencer a preguiça e pegar a câmera para as próximas fotos.



Era uma vez uma carteira muito velha que pertencia a minha avó. Uma dessas carteiras de mão, sabe? Pois bem, há alguns anos a minha avó achou que a pobre carteira já tinha chegado no fim da linha e resolveu jogá-la fora. Quando eu vi, recolhi na mesma hora! Mesmo velhinha, eu achei que ela ainda tinha um grande potencial!



Acontece que eu guardei a carteira e acabei nunca usando, porque toda vez que surgia uma oportunidade eu olhava para a pobre e pensava que ela estava mesmo no bico do corvo. E assim passaram-se anos, até que a moda se encarregou de nos bombardear com essas bolsinhas pequenas e delicadas com alças de metal. Caras, em sua maioria.

Nesse momento eu lembrei da carteira da vovó e pensei que sim, havia uma solução para ela! Pensei um pouco, visitei armarinhos para ver o que poderia ser feito, e resolvi customizar a velhinha (a bolsa/carteira, não a minha avó).

Bordei lantejolas em todo o contorno, arrematei o fecho com uma rosa de cetim e coloquei as tais alças de metal. E aí...





Voilà!











Taí a minha versão noturna e festiva para as bolsinhas da moda.

Aprovaram? Espero que sim, porque eu adorei fazer e estou pensando em ganhar dinheiro com as minhas parcas habilidades artesanais!

4 de dezembro de 2009

Noivas Neuróticas

Postado por Ci na sexta-feira, dezembro 04, 2009 3 comentários
Além de já ter acompanhado muita gente da família casar (família grande é assim), parentes mais distantes e amigos, tenho na minha vida toda uma série de casamentos os quais a minha participação foi apenas nos preparatórios. Minha mãe, cabeleireira desde antes de eu nascer, já arrumou muitas e muitas noivas, e cada uma delas, tem seu jeitinho e marca de uma maneira diferente.

Há tempos atrás, o envolvimento era um pouco menor. Ela arrumava o cabelo, fazia a maquiagem e dependendo da noiva, ia até a casa dela pra colocar o vestido e dar o toque especial. De uns anos pra cá, com o crescimento do salão, temos o dia da noiva, aí ela passa o dia inteiro aqui. Come, toma banho, faz massagem, unhas, depilação, cabelo, coloca o vestido e se empirulita para o casamento.

É uma emoção tão diferente, é um dia tão especial. Você vê claramente como cada uma reaje às emoções e às tensões de maneira diferente. Esse final de semana, por exemplo, a noiva não quis que ninguém da família estivesse na hora de ela se arrumar (também, fácil de entender, ela quase teve um peripaque quando a mãe ligou e maquiagem estava pronta). Semana passada estava a noiva, as duas daminhas, a irmã e até o pai da noiva veio vê-la, já tomou um café da manhã e tirou foto com ela na hidro (não só ele como a família inteira). Por sinal, essa estava tão calminha... Nem parecia que estava a maior tempestade e ela estava indo casar em um sítio.

Algumas, na hora H, pedem alguma coisa alcoólica pra virar antes de descer a escada. Outras, muito fofas, depois nos trazem a lembrancinha e até bem-casado. Algumas tem vergonha e preferem colocar a roupa íntima pra depois deixar que a gente ajude com o vestido. Outras não estão nem aí e pedem até que você passe o desodorante nelas.

O que é mais especial é participar desse momento. Fechar o vestido, seja ele com fita, zíper ou botões de pérolas. É ouvir as músicas que ela escolheu para a igreja e a festa. É fotografar os momentos que ficarão especialmente inesquecíveis nas memórias delas e minha. E por mais que muitas vezes eu me mostre um pouco resistente a trabalhar com a minha mãe no salão, faço questão de participar desses momentos.

2 de dezembro de 2009

Just do it!

Postado por Tata na quarta-feira, dezembro 02, 2009 4 comentários
Há algum tempo o -super útil- Discovery Home and Health vem apresentando uma coluna em seus intervalos chamada "Além do Prazer", que dá dicas de todos os benefícios trazidos pela prática do sexo, sem esquecer de alertar sobre o sexo seguro. Eu achei as dicas bem interessantes e algumas até surpreendentes, então reuni estas e outras que achei na internet e trouxe aqui pra vocês numa coluna estilo Capricho:

Economize na esteticista: O sexo é um tratamento de beleza. Provas científicas demonstram que quando as mulheres fazem amor produzem maiores quantidades de hormônio estrógeno que dá brilho ao cabelo e deixa a pele tenra.

Transpire muito: Fazer amor de forma tranqüila e relaxada reduz as probabilidades de sofrer dermatites, urticárias ou granos. O suor que se produz limpa os poros e dá luminosidade para a pele.

Academia nunca mais: Fazer amor queima muitas calorias durante a cena "romântica". O sexo é um dos esportes mais seguros que se pode praticar. Estica e tonifica quase todos os músculos do corpo. Se desfruta mais que nadar 20 piscinas ,ou outro esporte que solicite equipamentos especiais.

Chega de choro: O sexo é uma cura instantânea para a depressão leve. Libera endorfinas na corrente sangüínea, produzindo uma sensação de euforia e deixa com uma sensação de bem-estar.

Conquiste ele de vez: Quanto mais sexo praticar, mais sexo vai querer. O corpo sexualmente ativo desprende maiores quantidades de feromônios. Estes sutís perfumes sexuais deixam louco o sexo oposto!

Tá Nervosa? O sexo é o tranqüilizante mais seguro do mundo. É 10 vezes mais efetivo que o Valium.

So kiss me... Beijar todos dias mantém triste o dentista. O beijo secreta saliva que limpa os restos de comida dos dentes e reduz os níveis dos ácidos causadores de cáries, e previne contra o tártaro.

Dê adeus à Neosaldina: O sexo realmente alivia as dores de cabeça . Uma sessão fazendo amor alivia a tensão que aperta os vasos sanguíneos do cérebro.

Melhor que suco de laranja: Praticar sexo de 1 a 2 vezes por semana previne gripes e resfirados. Fazer muito amor descongestiona o nariz fechado. Sexo é um anti-histamínico internacional. Ajuda a combater asma e alergias.
 

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