31 de março de 2010

Homens e Mulheres

Postado por Tata na quarta-feira, março 31, 2010 9 comentários
Sabe, eu costumo destacar muito as inúmeras qualidades que as mulheres no geral têm e os homens não: somos mais atenciosas, mais detalhistas, mais concentradas, temos mais visão de longo prazo e fazemos não duas, mas várias coisas ao mesmo tempo. Mas se eles têm uma vantagem garantida sobre nós, essa vantagem é que eles são muito mais simpáticos. Não sei se simpatia é a palavra certa, mas eu explico: as mulheres normalmente sentem uma aversão instantânea às outras mulheres.

Eu comecei a pensar nisso assistindo à final do Big Brother com o namorado (todo mundo tem uma desculpa esfarrapada pra assistir, né?), a grande maioria dos vencedores são homens... babacas. E o mais impressionante é que a maioria das pessoas que assistem são mulheres. Entende a contradição? O maior exemplo disso pra mim, foi quando o Alemão ganhou; o cara jurava amor por uma e pegava a outra e todo mundo achava isso lindo e super normal! Eu acho que quem deveria ter ganhado de verdade era a Íris, mas aí um monte de mulheres morreu de amores por um cara que, se fosse aquele seu colega de trabalho, você acharia um babaca. Mas sem entrar em discussões sobre a nossa sociedade machista ou outros complexos, acho que grande parte dessa escolha se deve ao fato de que mulher não simpatiza com mulher.

Não mesmo. Você tem as suas amigas e só. As outras mulheres sempre são vistas como potenciais inimigas. Quer bons exemplos? Sempre tem aquela funcionária nova da empresa que faz você se sentir ameaçada e que se fosse um cara, você nem ia ligar; sempre tem o amigo que apresenta aquela namorada insuportável, mas quando sua amiga vem com o rolo novo, você tem tendência a simpatizar; as piores inimigas na escola sempre são mulheres, porque os caras se entendem jogando futebol; os atores sempre são simpáticos e as atrizes frescas.

Numa festa, as mulheres não se enturmam com mulheres de diferentes lugares, fica sempre aquelas rodinhas com as mulheres que já se conhecem. Já os homens, esses usam qualquer desculpa pra falar com um cara que nunca viram na vida: é o futebol, um novo apetrecho tecnológico, o trabalho, a bebida, qualquer mínima semelhança e já surge um super papo que vai incorporando outros homens que também não se conheciam. E tem o exemplo mais clássico: quando você critica alguma outra mulher (aka: inimiga) por alguma atitude que ela tomou em determinada situação e quando a sua amiga faz coisa parecida, você defende, porque "ela está super certa, é totalmente diferente!"

Eu costumo dizer que se eu entrasse no Big Brother, saíria na segunda semana (sendo otimista). Porque eu sou mesmo insuportável: eu grito, faço escândalo, sou super nervosa, choro, quero tudo do meu jeito e quando sou contrariada faço bico, se acho um clip fora do lugar e eu já dou um piti, mas quando eu largo minhas coisas por aí, nem ligo, eu não sei ouvir 'não' e não admito ser criticada, sou mega teimosa, além de que, eu sempre tenho razão. Sempre. Já o Fê, eu acho mesmo que teria grandes chances de ganhar, porque ele é o social, o relax, pra ele tá tudo sempre bom, ele não encana com nada, ele quer se divertir, ele paga pra não brigar. E acho que não só entre nós dois, mas na maioria das relações por aí, é sempre assim, as mulheres são as mais neuróticas e os homens não dão grande importância às pequenas coisas.

Acho que sei por que não simpatizamos umas com as outras... pois vemos nelas os defeitos que tanto relutamos em reconhecer em nós mesmas.

29 de março de 2010

Verdadeiras amizades continuam a crescer

Postado por Amanda Mirasierras na segunda-feira, março 29, 2010 7 comentários
Existe um texto chamado Depois de algum tempo, cuja autoria se atribui ao Shakespeare. Eu o li pela primeira vez há uns dez anos, e desde a minha primeira leitura acreditei que ele deve ter sido escrito por outra pessoa. Mas independentemente de quem o tenha criado, minha passagem preferida sempre foi: "(...) Aprende que não temos que mudar de amigos, se compreendermos que os amigos mudam.".

Essa tarefa é muito difícil. Nós nos acostumamos com as pessoas, mas conforme o tempo passa, nós e elas nos modificamos. E a reação mais fácil é deixá-las para trás, já que elas não são mais o que gostaríamos que fossem - o que, na verdade, é uma imbecilidade, porque nem nós mesmos somos bem o que gostaríamos de ser. Ao longo da minha vida eu me afastei de muitas pessoas, e quase nunca foi por iniciativa minha. Às vezes, sinto bastante falta de algumas pessoas que estão longe de mim por opção. Mas hoje eu sou como sou, e se isso frustra expectativas ou vontades, eu me pergunto: será que algum dia houve amizade de verdade?

Sábado, no open house da Tata (e do Fê), ficou bem nítido como a vida modificou as minhas amigas. E de uma forma muito maluca, ainda que nem sempre tenhamos plena consciência, o mundo nos deu o que precisávamos.

A Taís agora tem uma casa, tem um namorido, tem panelas e problemas com baratas. Ela tem nas mãos todo o espaço que precisa, a liberdade para ser tudo o que de fato é, e a compreensão nas conversas e no silêncio. A Cindy tem um emprego equilibrado e um namorado maravilhoso que lhe dá segurança. Ela tem o controle necessário para construir a vida da maneira que julgar melhor, e conquistou a serenidade do pensamento.

Mas enquanto nós cochichamos sobre pessoas estranhas, falamos sobre objetos de desejo ou pensamos em todas as Melissas do mundo, nós só somos três meninas que se conhecem há muito tempo. Para elas, volta o dia em que a menina séria conheceu a menina de sardas. Para mim, volta o dia em que uma garota balançava as pernas incansavelmente durante a minha primeira aula na faculdade, e volta a noite em que fomos numa festa horrível num estacionamento e eu conheci sua amiga, aquela que tinha florzinhas desenhadas nas unhas.

Eu acho que o que há de mais bonito na amizade é reconhecer nossos velhos amigos nas novas pessoas que eles se tornaram. É lembrar da cor preferida, de todas as fotos parecidas, dos amores que foram e dos que ficaram. Das diferenças, das discussões, da raiva explosiva e do aperto doído no peito antes de tudo ficar bem. Ser amigo é não ver o tempo passar. É saber que tudo vai mudar, mas que aquele amor inexplicável, que vai além das diferenças, vai sempre nos unir e nos fazer rir das mesmas bobagens.


... E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.

26 de março de 2010

Meninos e Meninas

Postado por Ci na sexta-feira, março 26, 2010 4 comentários
Nunca foi uma garota revoltada adepta às atividades de garotos. Pra ser bem sincera, sempre achei que meninos tem que gostar de meninas, meninas tem que gostar de meninos, meninas tem que gostar de rosa e ter cabelo comprido e meninos tem que gostar de azul e ter cabelo curto. Menina brinca de casinha e menino brinca de carrinho. Mulheres não sabem dirigir, homens não devem lavar louça.

O quê??? Vocês têm idéia da loucura que eu estou falando? Agora eu acho uma loucura. O correto seria dizer que meninos são meninos e meninas são meninas e devem fazer o que têm vontade de fazer, independente de qualquer coisa.

Mas eu vivi com a resistência. Aqui em casa, meu pai não lava a louça e minha mãe não dirige (exceto pelo trabalho, que o braçal é da mam´s, mas o negócio é dele). Minha avó perguntava pros meus pais, longe de mim, se eu não tinha nada mesmo com a minha amiga (ela sempre sonhou com um namorado japonês). Me enganaram muito tempo com o cabelo em V, para que eu visse a parte da frente mais curta e continuasse com os cabelos compridos. Meu joelhos não são esfolados de brincar na rua e não tenho nem uma cicatriz.

Imagina se eu fosse uma daquelas roqueiras/metaleiras/góticas que estudavam na época do colégio... Acho que é tudo emo, né? Imagina! Meus pais teriam ataques com certeza. Acontece que eu nunca senti essa necessidade de me revoltar, porque meus pais jogaram muito bem com uma liberdade controlada e uma filha com um super ego bem grandão, mas isso é assunto pra outro post...

Quero dizer que sempre fiz coisas de meninas. Sempre escolhi o rosa. E hoje em dia, tento ao máximo lutar contra isso. Aceitar a diversidade. Hoje, brigo por direitos iguais, divididos e livremente escolhidos. Eu não faço prato de marmanjo, botarei dinheiro em casa quanto necessário for, aceitei a porcentagem de namorecos que resolveram mudar de opção e gostar de meninos, tento com todas as minhas forças dirigir (vocês não tem noção de como isso é difícil pra mim - e eu nem sei o porquê), e enfiar na minha cabeça que todos são iguais.

Essa linha que divide homens e mulheres é uma coisa complicada. Acho, na verdade, que as mulheres é que buscam fazer papel de homem e elas também que lutam para que eles façam mais atividades de mulheres. Há umas décadas devia ser alto o preço que uma mulher pagava pra ser dondoca, enquanto o marido colocava a comida dentro de casa. No geral, as mulheres se sentem melhor assim, multi-uso.

Mas, como diz uma querida professora, o que o berço deu, só a tumba tira. E por mais que eu aprove toda essa igualdade entre homens e mulheres e suas escolhas, gosto de ser uma mulher. E feminina. De portas de carro, jantares românticos, pequenas delicadesas e surpresas que te lembram, no final de um dia estressante de trabalho, que você é a única, melhor e mais especial criatura que existe no universo. Gosto de ser cativada.

Acho justo que homens e mulheres compartilhem todas as atividades. Só não se esqueçam que somos mulheres.

25 de março de 2010

Eu testei: Natura Banho de Gato

Postado por Amanda Mirasierras na quinta-feira, março 25, 2010 2 comentários
Como a minha pele é muito sensível e tem tendência ao ressecamento, meu dermatologista indicou que eu hidratasse algumas vezes ao longo do dia. Acontece que, com esse tempo absurdamente quente que está fazendo, pele suada + camadas de hidratantes = pele melecada e com espinhas. A solução que encontrei foi limpar a pele com lencinhos umidecidos.

Decidi testar o Natura Banho de Gato principalmente porque eu compro Natura com desconto. E como o produto é próprio para crianças, pensei que a formulação devia ser bem suave.

A embalagem tem 25 lencinhos num tamanho bastante bom. Já o cheirinho não me pareceu tão bom assim; ele é doce, meio enjoativo, e acho que lembra melancia. Mas é para criança, né? A absorção é bem rápida, e o rosto não fica ressecado e nem pegajoso (mas desconfio que deva agravar as peles mais oleosas). Não dá aqueeeela sensação de limpeza, mas quebra o galho nas horas de emergência.

Infelizmente, depois de alguns dias usando, eu comecei a ter reação ao produto. Logo depois de passar o lencinho no rosto, passei a sentir a minha pele ardendo muito! Provavelmente isso não acontecerá com pessoas que tem pele mais resistente do que a minha, mas não achei que teria reação alérgica a um produto destinado a crianças de até 7 anos. E eu precisei aposentar meus banhos de gato.

Veredito: bom, não acho que haja algo de "banho" no produto, porque a sensação após o uso não é parecida com o resultado de água e sabão. Substituição por substituição, acho os lenços umidecidos Johnson muito melhores.


Crianças, o que vocês acharam?

24 de março de 2010

Mi casa, su casa

Postado por Tata na quarta-feira, março 24, 2010 5 comentários
Sério, eu não sei como as pessoas conseguem construir ou reformar uma casa. Só de mobiliar minimamente a minha e fazer pequenos reparos eu já estou quase tendo um surto. É muita coisa pra decidir e tudo junto nesse minuto agora. Primeiro foram longas semanas de ansiedade até finalmente assinar o contrato e eu já fui pesquisando o que podia, mas nada pode ser decidido antes de ter assinado de fato. Agora a gente tem que fazer as reforminhas básicas, carregar todas as nossas coisas pra lá (que não são poucas), comprar os móveis/eletrodomésticos, organizar 2 chás, fazer a lista de presentes... e tem o fator tempo (a gente só tem os finais de semana pra colocar a mão na massa) X dinheiro (temos que pesquisar o lugar mais barato, que nem sempre é o mais perto).

Eu achei que seria super legal fazer a lista e escolher coisas bonitinhas pra casa. Primeiro que foi uma indecisão sobre fazer ou não uma lista, porque algumas pessoas exigiram e outras acham muito pretensioso, algumas pessoas querem dar um presentão como se fosse de casamento e outras não mais que um pacote de pregador. Mas como fazer aqueles papeizinhos individuais daria muito trabalho, optamos por uma lista super abrangente de 1 real a 200. Cada um dá o que quer e o que pode, o importante é o carinho. Aí eu preciso decidir se quero um escorredor de louça de plástico, alumínio ou inox. Sério, eu nem sei a diferença entre alumínio e inox! O meu critério é sempre 'o mais bonito', mas os dois são prateados. Whatever! É só um escorredor!

Em meio a essa loucura de utensílios, eu descobri que existe uma coisa genial chamada omeleteira! Como ninguém tinha me mostrado isso antes? Nada mais é do que 2 frigideiras encaixadas, mas com essa engenhoca mágica eu teria evitado de transformar quase todos os meus omeletes em ovos mexidos!

Aí eu procuro uma missão mais fácil, como comprar tinta, afinal, qual dificuldade pode haver nisso? Eu descubro que eu quero uma tinta látex (de onde vem esse nome?), mas é latéx acrílico ou pva? Gente, é só uma tinta comum de parede. Ok, a cor é branca, simples. Mas eu quero branco neve ou branco gelo? Meu! Neve e gelo não tem exatamente a mesma cor?? Não, parece que para os fabricantes de tinta o gelo é acinzentado!

Mas claro que tem toda a parte gostosa, de fazer tudo do nosso jeito, sem se importar com as opiniões alheias que insistem em dizer que o colchão não pode ficar diretamente no chão, mas não sabem explicar o porquê. Então, o nosso colchão vai ficar no chão porque cama é desnecessário e assim é muito mais legal! Sofá também é coisa de casa de mãe, a gente quer apenas puffs gostosos e coloridos (que antes eu via em toda esquina e agora sumiram, por sinal!), a nossa mesa vai ser redonda pra não ter hieraquia; a tv não vai ser o centro da sala, os livros é que vão, a gente vai ter uma hortinha com hortelã, manjericão, orégano e afins e o Fê até deixou eu fazer uma super prateleira ao lado do espelho do banheiro pra colocar todas as minhas maquiagens expostas! =)

A gente também decretou guerra àqueles conjuntinhos de tapete brega de banheiro (um pra pia, um pro box e o outro sei lá pra quê), alias, aos tapetes em geral, que eu odeio e minha avó insistia em colocar no meu quarto, os únicos que estão à salvo são os de cozinha, porque eu sei que o chão atrai água e óleo. Mas se tem uma coisa que eu odeio mais que os tapetes, são aquelas toalhinhas de crochê. Puta coisa de velha querer por toalhinha em cima de tudo que é coisa! Na geladeira então, até atrapalha o bom funcionamento do equipamento. Morte às toalhinhas!

E com essa correria toda, eu estou completamente sem tempo de fazer qualquer outra coisa. Meu pé tá duro de tanto pó e falta de creminhos diários, eu nem sei onde anda a minha necessaire de maquiagem no meio de tantas caixas e sacolas, minha unha não vê esmalte há mais de 2 semanas (e pra ajudar eu roí todas até a carne) e após quase 5 meses eu resolvi me render à manicure e arrancar toda essa cutícula seca, porque eu não tive um mínimo segundo para hidratá-las nessas semanas. Parece que até o meu cabelo resolveu se rebelar, ele tá meio sem formato definido, tipo "não sei se sou comprido, não sei se sou curto" e toda hora que eu me olho no espelho, estou com a maior cara de despenteada do mundo! Enfim, estou querendo muito que passe toda essa loucura, que eu possa ficar o feriado inteiro trancada na minha casa (que eu espero que esteja limpa e arrumada até lá) sem fazer nada e que me sobrem umas horinhas pra fazer comprinhas de madame na liberdade, porque eu estou precisando mesmo!


E isso, minhas queridas, é a mão de uma mais nova dona de casa (e com a minha mais nova toalha de rosto linda ao fundo! Porque eu não vou mais na sessão de dvd's da Americanas, só na de UD!)


*Prometo que é o último post sobre o assunto (pelo menos por enquanto!)

22 de março de 2010

Agora é moda?

Postado por Amanda Mirasierras na segunda-feira, março 22, 2010 3 comentários
Eu tenho muita preguiça de seguir moda. Acompanho as novidades pelos milhares de blogs internet afora e até consigo entender todos os desfiles das tais semanas de moda do mundo, mas quando chega a hora de colocar em prática, eu fico na defensiva. Porque seguir tendências parece algo tão datado que nem tem graça. Mas o que me surpreende é que também as coisas aparentemente atemporais de repente viram moda, e aí você é pego de surpresa ao ver que aquilo que sempre esteve em seu guarda-roupas de repente está no corpo de todo mundo. Já aconteceu com você?

A grande tendência desse outono/inverno é o universo rock. Agora para tudo e me explica: aquela montanha de camisetas de banda que eu tenho na gaveta de repente é "in"? Liberou para que eu use meus cintos de tachinhas a torto e a direito? Minhas jaquetas de anos agora são socialmente aceitas? Posso passear sossegada com os meus jeans surrados a ponto de rasgarem?

Pelo que me consta, rock dita moda desde que apareceu. Fazendo uma rápida viagem pelo meu assunto preferido, nos anos 50, quando surgiu o rockabilly, a moda tratou de incorporar rabos de cavalo, óculos gatinha e vestidos rodados para as meninas e jaquetas de couro, calças justas e muita brilhantina nos cabelos dos garotos. Nos anos 60 e começo dos anos 70, com o folk rock e as experimentações progressivas, as calças boca de sino, batas de inspiração indiana, cabelos ao vento, sobreposições e roupas feitas à mão saíram dos palcos e influenciaram o movimento hippie que todo mundo conhece.

No final dos anos 70 e anos 80 surgiu o glam rock, com os cabelos armados, maquiagem exagerada, estampas de animais, rendas e todo o exagero andrógeno que marcou época. Ainda nos anos 80 e entrando na década de 90 veio o punk, hard rock e heavy metal de cabelos compridíssimos, couro, coturnos, correntes e mais correntes, cinturões e muito preto. No meio dos anos 90 o movimento grunge ditou moda, com jeans detonados, camisetas surradas, cabelos em desalinho e as inesquecíveis camisas de flanela. Pouco vou arriscar sobre a primeira década de 2000, mas acho que o tal rock "alternativo" liderado pelos indies foi responsável pelas calças justas com tênis em contraste, camisetas coloridas e cabelos lisíssimos.

E agora, em 2010, algum engraçadinho resolve decretar que o rock está na moda? E quando é que não esteve, cara-pálida?!

A parte mais engraçada (para não dizer triste) de toda essa história é que eu vou usar as mesmas roupas de sempre e vai parecer que "é tendência". Ora, francamente! Esses meses frios vão repetir a minha birra do ano anterior, quando algum bacana sem imaginação resolveu que a moda era folk/bohemian e reviveu a onda hippie. Aí eu abri o guarda-roupas, dei de cara com as minhas peças acumuladas em anos e anos e tcharam!, eu estava na moda. Agora eu vou continuar usando minhas batinhas com tricô feito a mão e serei "so last week"?

Já que a moda agora é rock, u know what? Kiss my fucking ass!


Ditando a moda de 2010 desde 1984

19 de março de 2010

Intimidade clínica

Postado por Ci na sexta-feira, março 19, 2010 2 comentários
É frustante ir ao ginecologista. Eu escolhi uma mulher, homem não daria certo. Tem gente que prefere homem. Mas é frustante, não é? A gente tem que ir com a cara, ser bem tratado e "rolar um clima". Não "o clima", mas os santos tem que bater, se não, não rola.

É gostoso dizer isso, mas quando a gente encontra um ou uma que dá certo, fica menos frustrante a visitinha anual. E você ainda pode dizer "a minha ginecologista disse...". Tive a sorte, encontrei uma que a gente se dá bem.

A primeira vez que entrei na sala dela, me deparei com uma estante cheia de fotos e lembrancinhas de recém-nascidos. Logo pensei "bom, muito bom, médica de família". Agora, no consultório novo, ela está mais chic, não tem mais a super estante, mas continua falando "calma, eu vou te explicar direitinho e você vai entender" quando estou com cara de apavorada, o que supera a estante colorida.

Insisto, por mais que a gente se dê bem, não tem coisa mais frustante. Eu sento, ela me faz perguntas indiscretas e me manda tirar a roupa e deitar naquela maca na posição mais desconfortável do mundo. Me aperta em todos os locais possíveis enquanto comenta assuntos que por nada na vida estariam passando pela minha cabeça. Ela coloca coisas, tira coisas e ainda pede uns exames que peloamordedeus.

A minha não acredita na minha TPM. Ela aparentemente acha que é tudo coisa da minha cabeça. Quanto a isso, eu fico um pouco insatisfeita, mas mesmo assim, o restante compensa.

E lá vamos nós, para mais uma visita constrangedora à médica da estante colorida...

17 de março de 2010

Ah, eu NÃO vou casar!

Postado por Tata na quarta-feira, março 17, 2010 4 comentários
Desde que o Fê e eu começamos a procurar um apartamento eu já perdi a conta de quantas inúmeras vezes eu tive que corrigir as pessoas dizendo que não, nós NÃO estamos casando! Não estamos mesmo, eu considero uma coisa muito simples duas pessoas decidirem morar junto, mas eu presenciei todo tipo de visão: tem gente que acha um absurdo, uma coisa imoral - isso em 2010! E uma coisa eu não consigo entender sobre isso: se eu estivesse grávida todo mundo iria achar muito justo e normal sair correndo pra morar junto em qualquer barraco e me enfiar em um monte de dívidas, mas como foi uma idéia bem pensada e planejada, no lugar que a gente escolheu, aí não pode! Tem que casar; minha sogra adorou a idéia, mas ficou com uma pulguinha atrás da orelha, perguntou se a gente não queria pelo menos 'tomar uma benção' (e o que é um casamento senão uma benção?) e ainda está com a idéia fixa de que a gente tem que por pelo menos uma aliança. Minha mãe se empolgou e disse que eu posso levar as panelas novas de inox que ela tinha acabado de comprar, a sanduicheira, uns panos de prato e toalhas e até um dos colchões infláveis de visitas, e já está pensando em ser avó (aliás, todos os nossos pais estão pensando nos rebentos, que vão demorar, segundo os nossos planos, no mínimo uns 3 anos). Meu chefe falou que é ótimo pra fazer um test-drive e que ele morou com 3 mulheres diferentes antes de casar. A reação mais surpreendente foi a da minha avó: "casar pra quê?", ela adorou essa estória de só morar junto, mas me perguntou mil vezes se ele queria mesmo ou se eu estava obrigando o coitadinho!

De todas, a visão mais bonita veio de um casal de amigos que também só moram juntos. Segundo eles, morar junto é mais do que casar, porque é um casamento sem o peso do papel, uma escolha feita apenas pelo coração, de dividir a sua vida, o cotidiano, as decisões, as responsabilidades. De tanto que falaram, até o Fê já começou a me chamar de Sra. Portes, apesar de ter espasmos toda vez que ouve a palavra "casamento". Mas, de verdade, não é casamento. Por que eu ainda quero entrar na igreja de branco, colocar uma aliança na mão esquerda e ter uma super festa rodeada das pessoas mais queridas, mas eu não acho que tem que ser agora. Talvez esse plano seja descartado um dia, em meio a tantos outros mais importantes, como comprar um apartamento e viajar. Mesmo assim, ainda faço questão do papel assinado e da troca de alianças e aí vocês poderão me considerar uma mulher casada!

15 de março de 2010

O diabo chama Onofre

Postado por Amanda Mirasierras na segunda-feira, março 15, 2010 5 comentários
Meu caso de amor e ódio com a Drogaria Onofre começou no ano passado. Eu tenho uma pele super sensível, difícil de cuidar, e frequentemente fico com o rosto avermelhado, bem seco e com descamação. Antes de ter a brilhante idéia de procurar um dermatologista, eu experimentei montanhas de hidratantes e nenhum deles resolveu o problema por mais do que alguns dias. Até que alguém me disse que na Drogaria Onofre havia outras centenas de cosméticos importados - e esses eu ainda não tinha experimentado. Saí uma tarde do trabalho e procurei a Onofre da Consolação.

Chegando lá, as vendedoras provavelmente acharam que eu tinha cara de rica e várias delas vieram me atender, sorridentes. Eu contei qual era o problema e elas me levaram a uma dessas cadeiras de maquiagem, usando meu rosto de teste para mil cosméticos caríssimos. Eu já estava ficando tensa com aquelas marcas famosas se acumulando na mesa em frente a mim, mas felizmente (notem a que ponto cheguei) meu rosto rejeitou todos os cremes, ardendo e ficando vermelho a olhos vistos.

Até que uma vendedora que estava longe, acompanhando a epopéia, veio com um hidratante grandão chamado Fisiogel. Esse deu certo! Ele não custava muito barato, mas era uma pechincha perto das fábulas que custavam os outros potes lindos. Como ele era grande, achei que valia a pena. E valeu, já que só agora ele está terminando e realmente tratou bem do meu rosto. Mas as vendedoras também me convenceram a levar uma água termal Clinique que eu fui obrigada a parcelar no cartão - mas também funciona magicamente, eu recomendo! Para terminar o processo, elas me maquiaram para disfarçar a vermelhidão e encheram meu rosto de base Channel, rímel MAC e outras coisinhas que constrangeram os quinze reais que eu tinha na carteira.

Passei uns bons meses evitando a Onofre, aquele lugar que resolveu meus problemas às custas de bastante dinheiro. Até que um dia, passeando despreocupadamente pela Paulista, fui atraída para a Onofre do Trianon. Aliás, aquela vitrine linda com os prendedores de cabelo coloridos é pegadinha, viu?

Vocês já estiveram lá? Gente, é o mundo mágico dos cosméticos. As paredes são cobertas de todos os perfumes importados que você puder imaginar, e todos eles tem um provador à disposição do seu nariz. Em meio à loja ficam espalhados os stands de maquiagem. Sim, estão lá todos os pós, blushes, batons, rímeis, maquiagens minerais e mates que você vê nos sites de beleza e pensa que nunca vai poder chegar perto (porque se você é abastada, colega, esse blog definitivamente não é para você). Yes, you can!

Então, amiga leitora, se você for forte o bastante, visite a Drogaria Onofre do Trianon. O mundo encantado dos perfumes e maquiagens. O paraíso das compras. Você vai sair de lá com uma vontade louca de ser rica, mas ainda acho que vale a experiência. E se você quiser sair feliz com sua sacolinha, experimente comprar maquiagem Maybelline. O stand fica logo na entrada, os preços são MUITO amigos, e tudo é muito bom. Compre um rímel Volume Express por 14 reais e saia de lá se sentindo poderosa e pensando qual perfume trará em sua próxima passagem por NY. Porque sonhar não custa nada, e nós, que andamos de metrô, conseguimos curtir cada comprinha por um bom tempo.

12 de março de 2010

Loucas por Melissa!

Postado por Ci na sexta-feira, março 12, 2010 4 comentários
Sempre fui fã de sandalhinhas coloridas de plástico. Desde pequenininha, tive incontáveis. Eu não tinha a menor idéia do que era uma "Melissa", mas chamava de melissinha todas aquelas que tinham as tirinhas, transparentes ou não. Tooodas elas. Não sabia que Melissa era uma marca, achava que era um tipo de coisa que vai no pé, tipo, "tênis", "chinelo", "melissa".

Não é? Pois é, não é. No colegial, usava minha "melissinha" transparente com várias meias coloridas por baixo, combinando com a blusinha **brega**. Foi quando vi no pé de uma menina uma "melissinha" de salto alto. Me apaixonei. Pois fui atrás exatamente daquele modelo e descobri o que era o grande mundo de plático da Melissa. Aquele cheirinho inconfundível. E assim, a Vixen se tornou a minha primeira Melissa oficial.

A partir daí, percebi que teria que me tornar uma pessoa muito rica para ter todas as Melissas do mundo. Tá, todas não, só as que eu gosto mais. Até começar a trabalhar, ganhei mais uma Melissa (uma Aranha 2005 - de salto alto!) e depois, acompanhei todas as coleções de inverno e verão e comprei todas as que consegui! Já mostei minhas Melissas pra vocês em outro post.

E estão pensando que eu sou a única louca pelas sandalhinhas plásticas divertosas e cheirosas? Nãããooo. Existem muitas iguais e muuuuitas piores! Que fazem de tudo na vida por um modelo antigo e que revendem e revendem Melissas, que compram sem provar e sem mesmo saber quando é que vai usar. Já viram isso aqui? Entrem nesse site e dêem uma espiadinha. A Tata me recomendou semana passada e hoje já estou com a minha nova velha Scarfun High mais que refurbished! Adoreeeei!

Além do Bazar Melissando, não se esqueçam da Loja Melissa! Tá que vem de longe e não pode experimentar, mas é muito útil, principalmente pra quem tem um número de pé bem definido. Eu, por exemplo, calço 37 de qualquer jeito, seja o que for, então dá pra arriscar comprar sem experimentar. Lá também você acumula milhas. Tá que você tem que comprar umas 10 Melissas para comprar 01 com milhas, e que os pontos expiram, mas mesmo assim, é um incentivo a mais.

Falando comprar, estas são minhas metas para a nova coleção "Melissa Et Circenses":
Uma Severine Preta Flocada (Nem acredito que a Severine voltou! Aguardei anciosamente por este momento! rsrsrs Agora que reparei que comentei sobre ela naquele post lá.)


Uma mais que super Ashia do Pequeno Príncipe (só estou em dúvida da Roxa ou Verde...)


Uma Ultragirl Vivienne Westwood meio branca, meio transparente, meio furta cor - sei lá que cor é essa, talvez seja transparente! sei que adorei) com lação!


Uma Disco+Doc Dog (vai, ficou uma gracinha, não??)


E das antigas... Uma Eletrogirl Rosa que tem no Bazar por R$90,00. Alguém me dá de presenteeeeeee???


Provavelmente não terei dineiro pra tudo isso, mas tudo bem, qualquer coisa, daqui um tempo eu recorro ao Bazar Melissando.

Ah! Não deixem de visitar o site da Melissa pra ver os outros modelos!

10 de março de 2010

Estilo X Trabalho - a saga dos esmaltes estranhos

Postado por Tata na quarta-feira, março 10, 2010 8 comentários
Eu queria poder ganhar dinheiro com orkut, blogs, maquiagem e todas essas coisas legais que me divertem nas horas vagas. Mas acontece que eu tenho que trabalhar. Não que eu não goste do meu trabalho, mas ele acaba impondo limitações no meu modo de me vestir e até de agir. Eu sou uma pessoa muito mais básica, porque o meu trabalho pede isso. Eu só uso esmalte vermelho e brinco de argola. Claro que são inúmeros tons de vermelho e modelos de argola diferentes (que os homens achariam todos iguais), mas mesmo assim, eu não me considero uma pessoa estilosa. Eu leio uns 10 blogs diferentes de moda e maquiagem por dia, sei tudo que é legal, tudo que eu gostaria de usar. Mas não uso.

Mesmo assim, eu faço umas estravagâncias de vez em quando, tipo comprar uma Melissa rosa chiclete só pra usar no aniversário de uma amiga. É porque as peças não-básicas acabam sendo bem pouco usadas mesmo. Agora, eu inventei um novo conceito de esmalte-acessório. Eu vejo aquelas cores lindas de esmalte e nunca posso usar. Então eu estou trabalhando esse conceito de usar o esmalte por apenas um dia, um determinado evento, um fim de semana, etc. É difícil, por que eu tenho uma preguiça enorme de trocar de esmalte, então fico no mínimo 1 semana com ele, às vezes dou uma retocadinha e fico duas (afinal, segundo os homens, vermelho é sempre igual!).

Pra manter essa técnica de mudar várias vezes a cor, o ideal é usar um basiquinho no pé: um branquinho ou um marrom tipo "Café" cai bem com qualquer cor na mão. Outro desafio é arranjar tempo pra pintar as unhas. Toda mulher sabe que pintar a unha a noite deixa, inevitavelmente, o esmalte cheio de "marquinhas de edredon". O meu namorado não acredita, mas é fato: por mais que você use 1 litro de óleo secante e vá dormir 4 horas após ter pintado a unha (e com a mão dura, pra fora da coberta) o esmalte vai amanhecer com aquela textura estranha e sem brilho nenhum. A solução nessas horas é usar uma cobertura mágica do tipo "Super Brilho", não fica perfeito, mas dá uma revigorada na cor.

Assim, eu consegui usar 2 cores lindas, que eu estou cobiçando desde o final do ano passado. A primeira é o Sereia da Impala, um verde água lindo que na hora me fez lembrar de um verão lá pelos meus 16 anos, quando a Cindy e eu descobrimos uma cor muito parecida com essa e esgotamos vários vidrinhos, usados na mão e no pé, e tinha até um cintilante com o mesmo nome (que eu não lembro). Acho que o verde água é sucesso absoluto, pois lembro bem que naquela época, era mega difícil achar essa cor em qualquer perfumaria, assim como agora, o Sereia é super impossível de achar, você tem que dar a sorte de ir comprar quando acabou de chegar, no outro dia já esgotou. Como eu queria muito usar este, esperei até o Carnaval, pra passar longos 4 dias com ele nas unhas. Descobri que ele super combina com o meu biquini, tem a cor exata de um dos templates do orkut e acho que sei porque eu gosto tanto dele: ele me lembra piscina.


Outro que eu cobicei mais recentemente foi o Marina, da mesma coleção (baseada, dã!, no mar) da Impala. Quando a coleção saiu eu babei tanto no Sereia, que nem reparei nele. Depois eu pensei que seria bem difícil eu usar um esmalte azul, apesar de eu adorar os verdes (nota: difícil hoje em dia, pois eu já tive minha fase de usar esmalte azul-marinho-metálico). Quando eu resolvi me vestir de paquita azul pra tão esperda festa a fantasia, me veio na cabeça usar o esmalte azul clarinho pra contrastar. Porque usando fantasia não dá muito pra caprichar em maquiagem, brinco e cia, né? Então achei que o esmalte daria o tchananã a mais no look. E deu!


Meus próximos alvos são os novos neons. Olha que eu nem sou super fã da Impala, acho que a Risqué tem uma cobertura bem melhor e é mais fácil de passar e limpar, mas ultimamente eles têm caprichado nas opções de cores. Os neons podem parecer superrrr cheguei, mas acho que pra uma balada seria bem legal. Até o amarelo-cor-de-marca-texto, que eu achei "too much" à primeira vista, acabei vendo na mão de alguma artista no carnaval, acompanhando um look basiquinho de jeans, e achei bem bonito. E ele ainda deve brilhar no escuro!

8 de março de 2010

Assunto delicado

Postado por Amanda Mirasierras na segunda-feira, março 08, 2010 9 comentários
Falarei hoje sobre um assunto realmente íntimo e pessoal, que já foi tema de uma inusitada conversa entre essas autoras - e, obviamente, não chegou a lugar algum. Falarei sobre depilação. Mas não é bem isso que você está pensando, caro leitor. Falarei sobre a depilação do... ahm... bem, você sabe.

O assunto surgiu numa noite pré balada há um ano e meio, provavelmente. Três mulheres reunidas, nada para fazer além de jogar conversa fora, e eis que surge a pergunta que não quis calar: como você depila as partes traseiras?

Uma de nós disse que incluía a saída emergencial no pacote de depilação: pernas, virilha e ânus. É isso mesmo, a retirada dos pelos era feita com cera quente. Dolorido, porém suportável, e eficiente, já que a posição incômoda (pense, pense bem) demoraria um bom intervalo de tempo até ser repetida.

A outra afirmou que resolvia a questão da forma mais prática: com gilete. Talvez a tarefa delicada e perigosa devesse exigir esforço e cuidado enormes, mas dava para resolver em casa, durante o banho, e evitar uma exposição um tanto íntima demais no salão de beleza.

A última confessou que nem tinha pensado no assunto. Depilar o fiofó? Como assim? Já tem muitas partes no corpo a serem depiladas, e sinceramente, essa essa tarefa nunca tinha sido analisada como uma necessidade. Ele estava longe, não incomodava ninguém e não era alvo de preocupações desse tipo.

Embora esse assunto novamente não vá chegar a lugar algum, vou lançar a enquete: o que você faz com os pelos que nascem aonde o sol não bate? Deixa lá? Tira? Usa qual método? Não vamos fazer nenhum levantamento estatístico com as respostas de vocês, mas é bom saber que outras mentes perderão alguns minutos com essa relevante dúvida existencial.

5 de março de 2010

Malditos Meninos

Postado por Ci na sexta-feira, março 05, 2010 8 comentários
Eu confesso que perdi as contas quantas vezes fui loucamente apaixonada e chorei enraivecidamente por meninos. Desde pequena. Talvez a culpa seja a minha cara de brava. Talvez seja a minha timidez. Ou os quilinhos a mais da pré-adolescência. Vim aqui hoje dividir com você o show de horror que foi a minha vida até 01 pessoa antes do meu relacionamento atual. Tá, não foram todos tão ruins assim.

Se você é um deles, vá ler outro blog!

É historinha, mas, divirtam-se.

Caso nº01 - O carinha da quarta-série

Minha mãe contou pra Ana Carla que eu gostava do Danilo. Eu não lembro se eu gostava ou não do Danilo, sei que ele veio no meio do recreio, na frente de todas minhas amigas, me olhou com profundo desprezo e disse: "Eu não gosto de você". Eu era da terceira, ele da quarta. Trauma número um.

Caso nº02 - O amigo da amiga

A Dani fazia inglês com ele e se eu me lembro bem, ele se chamava Bruno. Enfim, estávamos na sexta série. Depois do maior suspense do mundo de quem é que gostava dele, resolvi contar. A Dani chamou ele na hora do intervalo e apontou pra mim. Não sei nem definir a expressão do garoto. Foi o "aham" mais sem graça que eu já vi. Nossa possível vida juntos acabou ali mesmo.

Caso nº03 - O idiota do segundo ano

Agora os nomes vão ficando mais complicados... A teacher de inglês levou o meu bilhetinho de oitava série para o garoto do segundo ano. Teve uma resposta!!! Aí sim!!! "É coisa de idade, daqui a pouco passa". Ahhhhhhhhh P*to. Me humilhei e ele arghhhhh! Mas ele estava certo! Passou pra nunca mais!

Caso nº04 - First Kiss

Não sei nem descrever como foi meu primeiro beijo. Eu estava tão nervosa que não lembro como me senti. Mas eu gostava dele... E no dia seguinte ele chegou na escola chorando porque achava que ainda gostava da ex-namorada. Huptf. Não foi dessa vez. Isso sim que marcou!

Caso nº05 - Namorado

Meu primeiro namorado gostava de mim, mas não gostava só de mim. Ele fez tudo que ele quis, me fez de idiota um monte de vezes, e me traiu todos os segundos de nosso namoro. Eu, quando lembro, ainda fico pensando 'o que foi isso?'. A outra ainda se sentia A namorada, né? Se mereciam, eu é que não sabia o que eu tava fazendo ali no meio!

Caso nº06 - Ogro

Ahhh como eu fui idiota. Se um menino fala que você fica feia de tal jeito, pra você não aparecer lá assim, é grosso com você, é idiota e aparecido e fica perguntando o que as suas amigas acham dele, não quer ir na sua casa porque diz que não tem o que fazer lá e tantas outras coisas que eu não lembro, o que você faz? Termina! Já que ele não tem coragem. Foi o que eu fiz. Terminei, chorei e segui a minha vida!

Segui todas as vezes. E tantas outras vezes que eu nem coloquei aí em cima. Um deles (que não está aí) me mostrou quanto a gente tem que seguir em frente e fazer o que tem vontade de fazer. Outros me ensinaram que não se beija em filme de comédia, que pode ser mais legal sair com as amigas que comigo, outros que nunca se pode confiar que eles não vão contar, outros que só você gostar não é o suficiente, nem só ele.
Outros, que o fim pode ser o começo.
Outros, que é melhor nem começar.
E todos me mostraram na prática que cada um segue seu caminho.
Ainda bem!

1 de março de 2010

For our babies

Postado por Amanda Mirasierras na segunda-feira, março 01, 2010 4 comentários
Nesse blog nós gostamos de falar sobre filhos. E olha que nenhuma de nós é mãe, então imagine que tédio isso aqui vai ficar daqui a alguns anos! Enquanto esse dia não chega, ficamos filosofando sobre nomes, medos e desejos.

Eu já falei aqui sobre nomes, a Taís relembrou o tema e emendou suas expectativas (desculpem, essa preguiça de segunda-feira me impede de procurar os links). E hoje eu vou dividir com vocês um pouco de tudo o que eu penso sobre os meus prováveis futuros rebentos.

Sempre achei que seria mãe de um menino, mas agora eu acredito que terei uma menina. E ela se chamará Ana Luiza. Eu não sou a fã número 1 de nomes compostos, mas como não quis abrir mão de Luiza e o futuro papai gosta de Ana, chegamos nesse denominador comum. Se for um menino, será Guilherme. E se o primogênito tiver irmãos, o outro nome vai ser pensado quando chegar a hora.

Na verdade, eu não tenho preferência por meninos ou meninas. Eu vou cair naquele clichê e dizer que o importante é que nasça saudável. Porque eu tenho muito medo de que algo errado possa acontecer com o meu bebê, e trabalhar num hospital não ajuda muito a afastar esses pensamentos. Na minha família há casos de doenças congênitas, então quero fazer aconselhamento genético antes de engravidar. Mas eu me conheço e sei que só vou sossegar quando olhar a criança e tiver certeza de que correu tudo bem.

Meu filho vai crescer em meio a montanhas de livros, isso é um fato. E eu espero que isso faça com que ele goste de ler. E de ouvir histórias, e de escrever, e de mergulhar no maravilhoso e inesgotável mundo da literatura. Eu vou contribuir muito para a cultura dele (o filho. Tente encarar o gênero masculino como neutro). Vou levá-lo ao teatro, à pinacoteca, ao cinema, vou colocar boas músicas desde quando souber que ele está aqui dentro.

Quero que ele se alimente bem. Mas vou levá-lo ao Mc Donald's, porque criança poupada de tudo é muito chato. Vou deixá-lo cair de bicicleta, arranhar os joelhos e brincar na chuva. Internet será proibida e o computador será para joguinhos supervisionados. Televisão, idem. Nada de novela e Big Brother para os meus pequenos herdeiros, mas os desenhos estão todos liberados (Pica Pau sim, porque eu não me tornei marginal presenciando aquelas maldades engraçadas).

Eu vou me esforçar para que a minha casa seja sempre o local predileto dele. Quero que lá ele seja feliz e se sinta acolhido. Que ele seja livre para lutar com espadas ou se transformar numa princesa encantada. Faremos castelos e viajaremos para lugares sem nome, porque eu não quero ser uma mãe que só quer saber se as mãos estão limpas antes do jantar.

Espero que ele tenha bons amigos, daqueles que a gente reconhece logo e carrega para a vida toda. Que ele sofra só um pouquinho por amor, e que me deixe abraçá-lo e dizer que o tempo cura tudo, porque é verdade! Que ele não tenha grandes questões existenciais e não coloque muitas minhocas na cabeça. Quando chegar a idade de começar a caminhar com os próprios pés, que ele tenha bastante juízo e saiba aonde pisa. E que nunca se esqueça que eu estarei lá sempre que ele precisar.

Que o meu filho escolha a profissão com o coração, mas saiba aonde está se enfiando, porque é muito ruim perceber, depois de um tempo, que você não sabe mais o que quer ou não consegue chegar aonde deseja. E que ele estude por prazer, aprenda coisas importantes e goste de ensinar.

Ah, que ele não seja briguento. Nem metido. Nem piriguete. Nem pegador. Que ele não se ache, não seja tirador de sarro nem engraçadinho. Que ele não seja um estereótipo de qualquer tipo, e que se ele tiver aquela fase de ter uma "tribo", que seja só uma fase mesmo.

Meu maior desejo é que meu filho seja uma pessoa de verdade, que conheça seus defeitos, reconheça seus erros e se esforce para melhorar. Não importa se ele será ateu ou cheio de fé, nem importa se ele terá uma religião. Pode ter cabelo curto ou comprido, pode gostar de meninos ou meninas, mas que ele seja uma pessoa muito feliz. E quando ele não estiver feliz, que ele lembre que o colo da mamãe estará sempre esperando. E vejam só, eu já estou sentindo saudades do bebezinho que ainda nem chegou!
 

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