30 de agosto de 2010

A ex

Postado por Amanda Mirasierras na segunda-feira, agosto 30, 2010 6 comentários
A ex é um ser que ocupa grande espaço no nosso imaginário, pelos mais diversos motivos. Geralmente não damos o menor crédito para essa pessoa, e isso é uma grande bobagem. Porque se o seu namorado é super bacana e está com uma mulher incrível como você, é bem improvável que ele tenha antes namorado alguma aberração. Aliás, eu acho que devemos desconfiar desses caras que saem por aí dizendo que a ex era louca, vaca ou que fez da vida dele um inferno. Ou esse cara deve ser mentiroso, ou altamente problemático, ou não presta muito, ou - pior - você também não deve ser o melhor exemplar feminino de que se tem conhecimento.

A nossa relação com a ex passa por diversas fases. Supondo, aqui, que a ex seja uma pessoa civilizada e que tenha seguido a vida dela após o término do relacionamento (se ela é daquelas que quer ser amiguinha do seu namorado, ou se corre atrás mesmo, tá liberada para ser xingada).

A princípio, a ex é aquela pessoa meio nebulosa. Você tem curiosidade em saber como ela era, quer descobrir o que houve no fim do namoro, mas tem um certo receio de perguntar. Afinal, seu relacionamento é novo, tudo são flores, e você não quer estragar seu lindo amor com perguntas imbecis. Além disso, você é uma garota que está acima dessas bobagens, né? Então você come pelas beiradas e vive com a pulga atrás da orelha.

Depois vem a fase do escracho. A ex é feia, a ex é maluca, a ex tem amigas estranhas, a ex é uma ameba manca. Você e suas amigas passam um tempão falando mal dela, das manias dela, das histórias que você ouviu sobre ela. E você, antes tão madura, passa a ter o infeliz hábito de falar da ex para encher o saco do seu namorado. Ele ouve, ouve, ouve, and you can't get no satisfaction.

Terminado o besteirol, chega a fase do distanciamento. Porque chega um momento em que não tem mais graça falar mal de quem você nem conhece direito, e você se lembra que tem mais de 14 anos. As piadas se esgotam, o namorado fica de saco cheio, e você deixa a ex pra lá. Nesse momento, veja só, você até começa a lembrar que também tem ex! E seu namoro segue em frente, sossegado.

Depois, vem a fase do entendimento. Nessa fase, você já está namorando há um bom tempo e aquele encantamento abestalhado não existe mais. Vocês formam um casal normal, que se gosta e tem problemas. Aí, eventualmente, você se lembra da ex. Você vê o namorado fazendo cara feia para os seus programas, entra na rotina das obrigação familiares mútuas, não consegue entrar num acordo feliz sobre o destino das férias, e tudo passa a fazer sentido. E as queixas da ex, o comportamento antes tão estranho, a postura inexplicável, começa a soar um tanto familiar. A ex não era louca. Ela até tinha razão!

E se ela não fosse ex, que os deuses não me ouçam, vocês até poderiam ser boas amigas.

25 de agosto de 2010

Pensamentos de uma mente obrigada a fazer ginástica

Postado por Tata na quarta-feira, agosto 25, 2010 6 comentários
(Professora Pilhada)Vamos lá! Todo mundo! Sentado de frente pra mim! Pernas estendidas. Agora vocês colocam o pé esquerdo do lado da orelha direita, enquanto a mão esquerda deve estar segurando o pé direiro láááá na frente. Agora tira o quadril do chão e sustenta seu corpo, vamos lá, subindo e descendo! E não esquece de contrair o abdome e deixar o bumbum bemmm apertadinho!
"Claro, como se depois da segunda subida eu estivesse sentido a minha bunda ou o meu abdome!"


"Hummm aula de alongamento, essa deve ser fácil, é aula de velhinho"


(Professor Zen) Agora vai voltando calmamente, relaxa os ombros, presta atenção na respiração, inspira, vai soltando devagar, estica lááá na frente (isso é uma obesessão né?), o objetivo é a sua testa encostar no joelho... estica o máximo que você conseguir. (quando eu sinto uma mão)
"Seu filho da puta, quando você disse o máximo que eu conseguisse eu já estiquei o máximo que eu consigo, não adianta vir aqui empurrar as minhas costas"


(Professor Zen 2) Todo mundo de pé, de frente pra mim, abre os pés na largura do quadril... (fazendo sinalzinho pra eu fechar um pouco)
"Ahhhh porque você não especificou que era na largura do quadril de um ser humano normal e não na largura do meu quadril??"


"Esses velhinhos filhos da puta têm uma flexibilidade do cacete!"


"huahahuauha eu to aqui me matando de correr, mas pelo menos esse pessoal do Fight me faz morrer de rir. Eles não percebem que tão pagando um micão quando a profesora (pilhada) faz eles pularem pro lado socando o ar e gritando 'HA!'??? huauhahuahua que zuadooooo"


"Eu já corri 200 metros, será que posso parar pra descansar?"


"E se eu fingir que meu tênis desamarrou?"


"Poxa, agora eu já fiz 1km, eu definitivamente devia parar pra comer um lanchinho!"


"Porque eu só lembro que esse top faz meus peitos doerem depois que eu  já to correndo com ele?"


(Professor Gordinho que fica a aula toda parado batendo papo enquanto planeja o próximo jeito de fazer você ficar sem ar) Vamos lá! Coragem! Mais um!
"Querido, coragem é o que me falta, porque se eu tivesse, eu me jogava de cima dessa ponte pra não ter que correr nunca mais!"


"Vai, vou pensar em outras coisas pra me distrair, quem sabe passa mais rápido... olha como essa lua tá bonita... hoje tá tão quente... eu podia estar em casa, deitada na rede e tomando um suquinho. Mas eu nem tenho uma rede. Com certeza comprar a rede seria mais fácil do que o que eu to fazendo agora... o que é aquele negócio brilhando ali no canto? Caralho! Uma barata!!!" (e faço a corrida mais rápida da minha vida)


"Será que eu já queimei calorias suficientes pra comer um Big Mac?"


(Banho pós academia em casa) "Aiiii, aiiiiii, aiiiiiii" (prestobarba cai no chão) "Que porra de negócio do caralho!" (Saindo do banho) "Não vou passar porra nenhuma de creme pra área dos olhos, escovar os dentes já é um grande sacrifício... aiiiii...." (me jogo na cama esperneando) "Ahhhhhhhhhhhhhh aaaaahhhhh ahhhhhhh Por quê???????" (Fê grita da sala) "Que foi amor???" "Nada! Me deixa resmungar em paz!"
"Ué... não dizem que exercício físico deixa as pessoas bem humoradas?"

23 de agosto de 2010

Anticoncepcionais: o lado B

Postado por Amanda Mirasierras na segunda-feira, agosto 23, 2010 4 comentários
Que a pílula anticoncepcional foi uma invenção espetacular, ninguém pode negar. Foi ela a grande responsável pela libertação sexual feminina, permitindo que pela primeira vez nós, mulheres, pudessemos decidir como e quando ter um bebê. E desde a sua invenção, nos anos 60, a pílula foi sendo aperfeiçoada para diminuir os efeitos colaterais. Hoje, é possível encontrar pílulas com dosagens hormonais baixíssimas.

Devido ao fácil acesso e utilização, a pílula é o método contraceptivo escolhido por muitas mulheres. Mas como podemos analisar se esse método é realmente o melhor? O fato de não engravidar significa necessariamente que tomar pílula é o ideal?

Se você toma pílula e não está grávida, talvez não repare em alguns efeitos adversos que esse medicamento pode estar trazendo. Para uma amiga minha, foi fácil fazer a associação: desde que começou a tomar pílula, ela apresentou vários episódios de vômito.

Muitas meninas sofrem com dores de cabeça diárias, mas poucas pensam que isso pode estar associado ao uso da pílula. Baixa libido pode estar ligada ao estresse e à rotina, mas pode perfeitamente ser mais um sintoma. Assim como as famosas variações de peso ou de humor, ou mudanças na pele e nos cabelos.

Pode ser, também, que você tome pílula há anos e, de repente, comece a notar algumas alterações. Sim, pode acontecer de um medicamento usado durante muito tempo apresentar esses efeitos adversos de uma hora para a outra.

Após uma pausa de cerca de 1 ano e meio, eu voltei a tomar uma pílula que já tinha tomado por três anos. Imediatamente comecei a sentir peso nas pernas e notei que apareceram vários vasinhos. Troquei a marca do anticoncepcional, optando por um que tem a menor dosagem hormonal do mercado, e passei a usar meia elástica (desconfortável, viu). Os sintomas diminuíram, mas não desapareceram. Ainda sinto peso e sensação de contração nas pernas. Incomoda bastante, principalmente na hora de dormir. Como a minha família tem histórico de varizes, estou cogitando trocar de método contraceptivo.

Então, meninas, fiquem atentas a tudo o que está acontecendo com vocês. Alterações de peso, de humor, de libido, qualquer coisa diferente pode (ou não, por favor!) estar ligada ao uso da pílula. Converse com o seu gineco, leve suas queixas e tente descobrir se elas podem estar estar ligadas ao anticoncepcional. Pode ser que não estejam, tanto melhor! Mas não pense que aquele comprimidinho em que você confia, tão pequeno e eficaz, é livre de complicações.

E lembre-se: se você toma pílula, não fume! Essa combinação bombástica pode gerar de trombose a AVC. Não tente a sorte!

18 de agosto de 2010

Pra meninos e meninas...

Postado por Tata na quarta-feira, agosto 18, 2010 4 comentários
Hoje eu vim dar uma dica que eu acho que todo mundo já sabe. Mas eu me surpreendi ao comentar com um amigo sobre como "esses sites de compra coletiva vieram pra ficar" e ele me perguntar de que raios eu estava falando. Justo ele que tem uma espécie de 'Google Brain' (sempre sabe de tudo) e eu que sou a última a me adaptar a essas novidades tecnologicas (eu ainda prefiro icq, não entendo o twitter e não sei porque todo mundo agora quer ter um facebook).

Sendo assim, é sempre bom comentar né? Vai que alguém ainda não saiba o que é ou tenha medo de comprar. Alias, eu sempre pensava que o Click On devia ser um site super zuado tentando roubar dinheiro da gente quando via o banner no orkut, afinal, o que eles ganham nos dando até 80% de desconto? Eu não sei o que eles (os sites e as lojas que fazem parceria com esses sites) estão ganhando, mas sei que pra nós, consumidores, vale muito a pena.

A Cindy já falou sobre um desses sites aqui, mas recentemente eu descobri que eles estão se reproduzindo aos montes por aí, eu mesma já tenho uma pasta nomeada 'Descontos' nos Favoritos com 8 deles.

Mas como funciona?
É assim: cada site coloca uma super promoção por dia (os menores tem promoções que duram 2 ou 3 dias e os maiores, às vezes, tem 2 promoções num mesmo dia), tipo combo de sushi de R$54 por R$19 ou lavagem+corte+escova em um salão badalado de R$191 por R$50. Tem pra todos os gostos, bolsos e cidades, e os descontos são em torno de 60 a 80%. A maioria das ofertas são ligadas à comida, peças de teatro e estética (nessa, nós mulheres saímos ganhando com massagens, depilação a laser, salões de beleza, bronzeamento artificial e etc.), mas também tem coisas como paintball e escalada.

Pra oferta ser ativada, um número minímo de pessoas tem que comprar, caso contrário você recebe seu dinheiro de volta, mas eu nunca vi acontecer, normalmente precisa de umas 400 pessoas e eles vendem 1000. Às vezes (quando a oferta é muito boa) tem um número máximo de vendas (que sempre é atingido) então é bom não deixar pra última hora. Você também pode comprar de presente (eu ganhei um day spa muitooo legal do melhor namorado do mundo). O pagamento normalmente é feito através de cartão de crédito ou débito online em conta.

Eu já comprei no 'Clube do Desconto' duas vezes e é mágico: você paga pelo pagseguro do uol e em 30 segundos o cupom está no seu email. O 'Peixe Urbano' também já foi testado e aprovado! Só fique atento às regras no site antes de comprar: alguns permitem apenas 1 cupom por mesa, aí já não é tanta vantagem né? Mas super vale a pena dar uma passadinha em cada um diariamente! (Ou você pode cadastrar seu e-mail e receber todo dia as novas ofertas) Anota aí:


Agora, tem uma nova categoria: roupas, sapatos e acessórios, alguns de marcas famosíssimas, com  super descontos online. Eu sou meio assim de comprar roupa online, mas um acessoriozinho até que vai... Ainda não testei nenhum, mas aqui tem uma matéria legal com os sites deste tipo.

E se você souber de mais algum, manda pra gente!

16 de agosto de 2010

Não tem presente, não entra

Postado por Amanda Mirasierras na segunda-feira, agosto 16, 2010 13 comentários
Ok, eu vou falar de um assunto chato. E é de novo sobre casamento. Mas quer saber? Eu acho que é só fato de eu ainda estar escrevendo já é louvável, porque eu tenho um milhão de coisas para pensar e resolver até o dia 11 de setembro. Então, se até lá eu continuar escrevendo sempre sobre as mesmas coisas, bem, você vão ter que engolir!

Eu estou ficando muito preocupada com o andamento das minhas listas de presente. Eu nunca casei, não tenho amigas próximas que casaram (a Tata casou extraoficialmente, mas aí não vale porque a lista dela era de chá bar; ou seja, todo mundo comprou o presente e levou no dia do open house) e não faço a menor ideia de quanto tempo uma pessoa leva entre receber o convite e resolver comprar o presente. Mas eu sei que falta menos de um mês para o casório, e eu devo ter ganhado uns 20 presentes.

O negócio já começou torto porque, a contrário do que as lojas aonde eu fiz as listas me prometeram (Preçolandia, Fast Shop e Camicado), eu não recebi um único email até agora informando sobre os presentes que estão sendo comprados. Daí eu passei um tempão pensando que, poxa, ninguém tinha me dado nada, até que fui fuçar nas listas online e vi que alguma coisas já tinham saído. Então começou aquela sede de entrar nos sites todos os dias, várias vezes. E quando o dia termina e você vê que não ganhou porra nenhuma, é tão desanimador!

(E não me venha com esse papo de que "o importante é a presença", viu. Se eu estou fazendo uma festa, os convidados tem que me dar um presente. Simples assim.)

É super chato porque as listas, em teoria, servem para facilitar a vida de todo mundo - a minha, porque não vou correr o risco de ganhar 12 facas elétricas, e a dos convidados, que não precisam ficar imaginando o que eu quero. E fazer lista é trabalhoso, mas no final, pelo menos você conseguiu selecionar coisas bonitas, que gostaria de ter na sua casa. Aí o povo resolve largar a mão e não comprar nada? Aí o povo não compra nada e ainda vem me falar da roupa que comprou pra ir na festa? Na boa? Vai se foder! Primeiro me dê uns copos, depois me conte do seu vestido.

Afinal, qual o problema das pessoas com presentes, heim? Veja só: no sábado, eu fiz meu chá de cozinha. Eu tinha feito lista também, e mesmo assim ganhei várias coisas que não estavam nela. Mas ok, eu gostei muito de tudo que ganhei, porque foram coisas muito úteis e/ou muito legais (talvez porque eu só tenha convidado para o meu chá pessoas muito próximas, que saberiam o que me dar). Mas de algumas meninas que não foram eu escutei que a) estavam sem grana pro presente, b) "houve um imprevisto" e depois passariam na minha casa para deixar o presente e c) não deu para ir na loja aonde eu fiz a lista.

Informo a todos que a) na minha lista havia muitas coisas a partir de 1,99, b) abrir os presentes é a grande graça do chá; tirando isso, eu posso tranquilamente comprar uma colher de pau e c) eu fiz a lista no EXTRA, po, e mandei o convite há pelo menos um mês. Tudo bem, eu nem precisaria ter perdido meu tempo com essas explicações, porque tá na cara que é tudo desculpa. Tudo bem, ninguém é obrigada a comparecer a chá de cozinha (não, o meu não foi constragedor. Ainda sou eu, né?!). Mas cacete, não me diga um ou dois dias antes que ahhh, amigaaa, claro que eu voooou estar láááááá e mude de ideia só porque o sábado amanheceu cinza e você tem preguiça!

Mas deixemos o chá pra lá, porque no final deu tudo certo, foi bacaninha e eu gosto demais de cada uma que esteve presente. Respondam, por gentileza: vocês sabem se é normal esse andamento vagaroso nas listas? Vocês acham que esse meu desespero é gratuito, e que até o dia 11 a lista vai rodar? Você concordam comigo se eu deixar uma outra lista com o segurança da festa e só permitir a entrada de quem me deu presente? Vocês suspeitam que eu estou fazendo a neurótica?

13 de agosto de 2010

Fases

Postado por Ci na sexta-feira, agosto 13, 2010 4 comentários
Quando somos piquititicos, é a fase das festinhas dos amigos. Algums preferem só os primos, outros querem os amigos mais intimos, outras mães convidam todos os coleguinhas da sala. Nem sempre é em um buffet infantil, pra ser bem sincera, na minha fase só tinha festinha no quintal, mas agora, a criançada tem festa no buffet, playland. (Pausa para lembrar da festa em 1994 de uma coleguinha que foi no McDonalds: fui embora reclamando que estava com fome, porque as crianças só tinham direito a um único lanche e eu, no auge dos meus 7 anos, comeria mais que um!)

Passada a infância, vem a grande festa de 15 anos. O momento é esperado pelas meninas, mas os meninhos acabam tendo que dar o ar da graça também. Eu tive uma festa das super elaboradas e não me arrependo nem um pouco. Por sinal, nenhuma amiga minha fez essa festa e eu nao dancei como um dos 15 casais (agora, depois de velha, minhas primas mais lindas do mundo me convidam), mas muitas meninas dançam em vááárias festa, de todas as amigas nesta fase. De qualquer maneira, é uma idade que muito ou pouco, sempre é comemorada, então sempre são muitas festas para ir.

E agora, quannntos casamentos, hein? Os amigos casando surgem de todos os lugares e épocas. E vêm as listas de casamento, listas de chá de cozinha (Amanda, que raios é uma prancha com cabo?????), presente, vestidos, convites dos mais diferentes e divertidos. E por que não o seu casamento? Vale casar na igreja, no salão, no sítio ou não casar. O que importa é que a união vem surgindo de todos os lados... Acho que a época, né??

9 de agosto de 2010

I don't even have a pla!

Postado por Amanda Mirasierras na segunda-feira, agosto 09, 2010 2 comentários
Eu acho que qualquer pessoa pode se identificar com Friends, seja com algum dos personagens ou com alguma situação. Eu comecei a ver Friends há muito tempo e virei fã desde o começo; mas só hoje, aos 26 anos, eu começo a me reconhecer muito mais naqueles episódios. Principalmente na primeira temporada.

No episódio 4 da primeira temporada, Aquele com George Stephanopoulos, Rachel recebe seu primeiro salário como garçonete e fica inconformada ao ver como aquele mês trabalhado valeu pouco. Ela, Monica e Phoebe resolvem fazer uma festinha de meninas e passam a noite de pijamas, comendo, bebendo e jogando.

Mas conforme a noite passa, Rachel começa a pensar na vida que está levando. Ela largou seu noivo no altar, deixando com ele a possibilidade de levar uma vida muito tranquila (= ser uma madame que não precisa trabalhar), e virou garçonete. As outras meninas percebem, então, que também não conquistaram nada ainda. Elas não tem o emprego e nem o salário que gostariam - e, pior ainda, talvez nem saibam ao certo o que gostariam de conquistar.

Alguns episódios depois, é o Chandler quem passa por uma crise de identidade. Ele recebe uma excelente proposta na empresa onde trabalha e não sabe se deve ou não aceitar; afinal, ele não sabe sequer se gosta daquilo que faz.

Talvez seja essa a grande questão de todos aqueles que estão na casa dos 20 anos, rumando para os 30. Pouco antes disso, em geral nós estamos terminando a faculdade e procurando desesperadamente um emprego dentro das profissões escolhidas. Mas depois de um tempo, nesse exato instante em que se passam os episódios (e, coincidentemente, no exato instante que eu estou vivendo hoje), nós não sabemos se gostamos muito daquilo que queríamos tanto conseguir. A ânsia de ter emprego para ganhar dinheiro e começar a caminhar sozinhos faz com que agarremos a primeira oportunidade que aparece. Inevitavelmente, um dia iremos questionar se essa oportunidade é mesmo aquilo que queríamos.

Será que nós fizemos a faculdade certa? Será que esse emprego é o máximo que conseguiremos? Será que devemos fazer pós? Será que devemos fazer intercâmbio? Mudar de casa? Sair da cidade? Estudar outra língua? Será que vamos conseguir chegar lá? Onde é lá?

Essa fase é tão confusa e nebulosa. Em alguns dias acordamos dispostos, felizes por termos encontrado o rumo certo, gratos por estarmos caminhando, satisfeitos com as nossas conquistas e com a nossa competência por sermos jovens e já estarmos em algum lugar. Mas na semana seguinte, o som do despertador dá vontade de chorar e o cobertor parece ser o lugar mais seguro do mundo.

É a fase dos relacionamentos mais sérios. Das decisões mais difíceis. Das primeiras conquistas. De rompimentos dolorosos. Das boas viagens. Do primeiro carro. Da primeira casa. É a fase em que queremos ficar tomando sundae no Mc Donald's, mas que compramos uma casquinha porque é o que dá para fazer no fim do mês.

Rumar para os 30 anos é assumir as rédeas e arcar com as consequências. Às vezes dói, mas às vezes é incrível.

No episódio que eu descrevi, a Rachel analisa a sua própria condição de uma forma muito realista. Ao final, ela olha ao redor e vê os seus amigos jogando Twister. Todos eles estão no mesmo barco. Alguns ganham mais, outros menos, alguns tem mais certezas, outros ainda tem muitas dúvidas. Mas apesar de tudo, eles estão juntos para o quer der e vier.

Porque os amigos que atravessam a juventude e entram com a gente na idade adulta costumam ficar por perto para sempre. E esse é um grande presente. Meio adulto, meio incerto, meio medroso, a gente não está sozinho. Então, está tudo bem.


(Eu bem que tentei colocar aqui o vídeo de onde saiu o título do texto, mas não consegui. Para assistir - e entender - clique aqui.)

6 de agosto de 2010

Dona e proprietária de salão de beleza

Postado por Ci na sexta-feira, agosto 06, 2010 4 comentários
Quem mulher nunca desejou que o salão de beleza estivesse bem ali, nos seus pés? Que descendo a escada, tivesse um salão a sua disposição, para os cabelos, unhas, depilação? E o melhor, tudo na faixa?

Pois é, eu tenho. Minha mãe é dona e proprietária de salão de beleza e eu tenho o que quiser fazer, a uma escada da minha cozinha.

Mas nem tudo é perfeito.

Tem um fantástico ditado que diz que "em casa de ferreiro o espeto é de pau". Pois é exatamente assim que funciona. Primeiro porque, tudo que você faz no salão, ocupa o lugar de uma pagante. Então, você não tem a preferência! Outra, os horários que posso, são os horários que a grande maioria pode. Pela noite e aos sábados. Então, elas têm a preferência.

Tudinho acaba sendo feito na pressa e no encaixe entre outras clientes. Já pensou, uma progressiva no meu cabelo é uma tarde toda no salão! Eu entendo a situação, mas que ter o salão praticamente dentro de casa pode não ser tão prático, é fato. Se eu marcasse em outro salão, teria a preferência, pagaria e minha mãe me daria as contas de filha. Já meu horário de unha é reservado. Todos os sábado, se não eu vou em outro salão mesmo!

Ter mãe cabeleireira tem suas vantagens, mas também tem suas desvantagens. Minha mãe trabalha de segunda a sábado das 6 da manhã até a hora que precisar. O que é uma tarefa muito dificil pra ela de tanto cabeleireira quanto dona de casa o dia inteirinho.

Ter um salão dentro de casa também tem suas vantagens e desvantagens. Uma coisa legal é que eu faço escova muito bem, já ajudei ela várias e várias vezes, participo de todos os dias da noiva e ouço suas histórias. Tiro fotos, monto os dvds, e participo quando quero da fofocaiada do salão. Se não estou a fim, fico aqui em cima. Se estou, fico lá em baixo.

Quando era pequena, as amiguinhas da escola costumavam fazer os cabelos com a minha mãe. E pra ser bem sincera, eu nunca gostei muito de misturar as coisas. Uma porque acham que se sua mãe é cabeleireira, ela TEM que cobrar mais barato. Outra porque quando era mais nova, já teve amiga da escola que a mãe obrigou a fazer alguma coisa no cabelo, minha mãe fez, a fulaninha não gostou e virou a cara pra mim. Claro, depois de meter o pau na minha mãe pra escola inteira. Depois desse trauma da segunda série, amigos amigos, negócios a parte!

Eu sei que não consigo imaginar como é ligar para outro salão para marcar uma escova. Nem como é fazer depilação de uma tacada só, porque desce e faz a axila, depois desce pra fazer a virilha, depois desce pra fazer a perna, tudo quanto dá! Mas quer saber? É bom mesmo! Pelo menos não tenho que pesquisar preço, ficar me preocupando em marcar as coisas e pode até ser em etapas, mas nunca falta!

4 de agosto de 2010

Bridget, me desculpa!

Postado por Tata na quarta-feira, agosto 04, 2010 4 comentários
Eu lembro de ter uns 13 anos, talvez 14, quando minha prima estava lendo "O Diário de Bridget Jones". Eu perguntei se era bom e ela disse um "legal" não muito animado (nada parecido com o "muito legal, você tem que ler" de Harry Potter uns anos depois). Talvez por isso eu nunca tenha me interessado em ler e quando o filme foi lançado, um tempo depois, também não me empolgou muito. Eu nunca tinha chegado a assistir de fato, apenas visto uns pedaços (dublados) na tv que não me despertaram nenhum interesse em parar no canal e assistir.

Na verdade eu achava a Bridget muito sem graça, uma chata que ficava arranjando problemas pra vida dela e nunca estava satisfeita. Pudera, há pouco tempo atrás os tipos de problema que ela enfrentava não faziam parte da minha realidade e não me sensibilizavam nem um pouco. Mas agora, após ter visto o filme (ou pelo menos metade dele) no momento certo tudo mudou. Agora eu admiro a Bridget, considero ela uma mulher real, enfrentando problemas reais e quebrando o paradigma da mulher que foi feita pra casar, ter filhos e cuidar da casa. Alias, sinto informar, mas não foi Sex and the city o percursor das mulheres livres e independentes, como todo mundo fala por aí. Muito antes, a Bridget já escancarava tudo isso por aí, mostrando o quão imperfeita todas nós podemos ser.

Bridget é solteira com mais de 30, tem um emprego nada glamuroso, está acima do peso 'aceitavel' pelas revista de moda e, imaginem, não é nada julgada pela sociedade por causa de tudo isso, né? Ok, o filme pode não ser maravilhoso, pois, apesar de ser comédia, não me arrancou muitas risadas (tudo bem que eu nunca compreendi muito bem o humor britânico) e também não sei se a leitura do livro seria tão prazerosa.

Mas o que eu passei a admirar não foi nenhum dos dois, mas sim a mulher Bridget Jones, ou melhor, as mulheres que ela representa. Quem nunca tentou fazer uma receita legal e deu tudo errado? Quem nunca teve um emprego dos infernos? Quem nunca foi julgada de alguma maneira? Quem nunca esteve insatisfeita com a sua aparência? Quem nunca teve problemas amorosos? Quem nunca passou por varias dessas coisas ao mesmo tempo?

E o melhor de tudo, ela alivia tudo isso escrevendo sobre essas coisas. Tudo bem que era um diário, mas tenho certeza que a Bridget de hoje em dia seria blogueira! Porque é muito bom dividir esses probleminhas e, melhor ainda, saber que existem milhares de outras pessoas passando por problemas bem parecidos. Que bom que somos todas imperfeitas!

2 de agosto de 2010

Da fidelidade

Postado por Amanda Mirasierras na segunda-feira, agosto 02, 2010 6 comentários
"Antes ser a outra do que corna".

Quantas vezes você já ouviu uma mulher proferir essa frase? Dezenas de vezes? Centenas? Aliás, você já disse que prefere ser a outra do que ser corna? Já? Por quê?

Vamos analisar bem as duas condições? Comecemos pela corna.

Você conheceu um cara, se apaixonou e foi correspondida. Começaram um relacionamento legal, um conheceu a família do outro, criaram amigos em comum, viajaram, até que um dia algo começa a desandar e você descobre: ele tem outra. Ou teve, tanto faz. O fato é que o cara em quem você confiava, aquele que você acreditava ser a pessoa certa, com quem você fez planos, um belo dia se engraçou com outra. E você? Você, minha cara, foi vítima de uma grande sacanagem. Porque não há lei nesse mundo que obrigue uma pessoa a ficar com outra, mas é de se esperar que haja um mínimo de respeito por quem está com você. Mas,nesse caso, não houve. Você descobriu a traição. Foi terrível! Seu mundo caiu, seus sonhos terminaram, e aquele cara incrível se transformou um tremendo filho da puta.

Mas você não teve culpa alguma. Porque não há justificativa para uma traição. Aliás, acho que há uma exceção: quando seu relacionamento já está nas últimas, você se interessa por outra pessoa, sai com ela, e então resolve terminar de vez aquele namoro/casamento. Aí acho compreensível. Mas trair e continuar um relacionamento como se nada tivesse acontecido, ou pior, manter dois relacionamentos paralelos, é no mínimo um grande desvio de carater. Falta de bom senso, falta de solidariedade. É feio pra cacete!

Nesse caso, você se decepcionou com alguém que não era quem você imaginava. Mas, no fim das contas, você acabou conhecendo quem realmente essa pessoa era e se livrou de uma grande otário. E fazer o quê, não é? Bola para frente, porque felizmente há muita gente boa nesse mundo.

Agora, analisemos a outra.

Vou logo explicando a minha exceção: você não tem culpa alguma se não souber que é a outra. Se você conhece um cara, começa a sair com ele, tudo vai indo muito bem, e um belo dia o rapaz resolve dizer que é comprometido, é óbvio que você não tem culpa. Mas se você está muito ciente do estado civil do cara e mesmo assim entra na onda, bem, então eu concluo que você deve ser tão mau carater quanto ele.

Porque eu me pergunto: o que leva uma mulher a se sujeitar a ser a outra? São raríssimos os casos em que um homem sai de um relacionamento (supostamente feliz, porque dos falidos eu já tinha falado sobre) para assumir uma amante. O que uma mulher ganha em ser a outra? Em ser a sombra do relacionamento? Ganha umas saídas, umas baladas, uns motéis, e olhe lá. A oficial fica com a vida social, com a família e com as datas importantes. Uma mulher tem que se gostar muito pouco para aceitar as raspas e restos de um amor.

Há, é claro, a importantíssima questão do ego. Porque é como eu sempre digo: mulher, quando quer dar, ninguém segura. E o mundo tá cheio desse tipinho vulgar de mulher que dá em cima de qualquer um, indiscriminadamente, para testar seu poder de sedução. É o prazer de ver se dá certo. É claro que muitas vezes dá! Mas, sério, alguma mulher realmente se sente especial por ter a atenção de um filho da puta comprometido que deu bola para a primeira engraçadinha que apareceu?

E mesmo que o filho da puta comprometido dê em cima de você, que é solteira, livre e desimpedida, você sabe tão bem quanto eu que essas histórias são furadas desde o começo. Vocês vão sair algumas vezes, vão se divertir, e só. Você não ganha nada com isso. E não caia no engano de pensar que você é melhor do que a oficial, viu. Não é. Poderia ser você, poderia ser qualquer outra. Mas, nesse caso, foi você quem topou ser conivente com essa papagaiada toda.

Então, garotas, fica aqui a minha sugestão. Se nenhuma de nós tem total controle sobre os cornos, então sejamos íntegras o bastante para não nos sujeitarmos à triste categoria de ser "a outra". Seja você quem for, você merece mais. Merece um cara decente, com carater. Você merece ser a única.

Ou, no mínimo, você merece ser uma pessoa decente.
 

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