26 de julho de 2011

A saga das madeixas

Postado por Amanda Mirasierras na terça-feira, julho 26, 2011 2 comentários
E é isso aí, eu consegui passar um ano inteirinho sem pintar o cabelo! Após anos e anos de ruivice (intercalados por algumas mechas loiras), consegui ter um ano de cabelo na cor natural. Cor, aliás, que eu lembrei que gosto muito: um castanho claro acinzentado, que fica bem claro algumas vezes e, em outros dias, acorda mais escuro. Genioso como a dona.

Sem tinta, meu cabelo ficou bem mais macio e brilhante. Tem menos volume, é bem fácil de se lidar, não é oleoso nem seco. Em contrapartida, a progressiva quase não dura nada (mas também não é assim tão traumático, já que ele tem se comportado bem mesmo em sua forma não-chapada). E nos últimos tempos, descobri que já tenho fios brancos: três que pude contar, e provavelmente mais alguns escondidos por aqui. A descoberta não foi muito traumática porque, olha, eu achei que uns fios brancos até que combinaram com todo o resto.

Então eu posso dizer que essa difícil experiência de não tingir o cabelo valeu a pena. Agora eu tenho menos trabalho e a raiz tá sempre bonita.

O problema é que eu continuo achando cabelo vermelho a coisa mais bonita desse mundo. E como já não ostento minha ruivice, fico encantada quando vejo alguma menina com os cabelos que tanto gosto. Resultado: vira e mexe, me pego encarando a cabeça de alguém - aliás, se você for ruiva e por acaso eu te encarar no meio da rua, acredite, não será pessoal.








Como lidar?

18 de abril de 2011

Consumismo responsável

Postado por Amanda Mirasierras na segunda-feira, abril 18, 2011 6 comentários
Nada como a falta de espaço e de dinheiro para fazer a gente repensar algumas atitudes.

Eu sempre gostei muito de comprar. Roupas, sapatos, bolsas, acessórios, tudo. Nunca tive apego algum ao  dinheiro. Agora, por falta dele, faz muito tempo que eu não compro nada para mim. E embora eu sinta falta da possibilidade de entrar numa loja, escolher e pagar impunemente, confesso que não precisei comprar nada para mim nos últimos tempos. Eu fui me virando com tudo o que tinha, aprendi a fazer novas combinações e percebi que meu guarda-roupas me oferece opções que eu não conhecia. Então, no último dia 7, eu fiz aniversário, e como de costume, minha mãe, meu irmão, minha avó e minha tia perguntaram o que eu queria ganhar. Querer, querer, eu quero uma porrada de coisas, né. Mas no mundo real dos assalariados, pensando bem, eu vi que não precisava de nada. Nem roupa, nem sapato, nem nada. E olha que interessante; se eu tivesse dinheiro, mesmo não precisando de nada, eu estaria comprando muita coisa.

Não é que eu tenha adquirido um amor súbito pelo dinheiro. Na verdade, se pudesse, eu compraria sim. Compraria um carro, ou uma cristaleira para a minha sala, ou completaria minhas séries em DVDs. Eu compraria um brinco de pérolas e alguns anéis bem bonitos. Quer dizer, eu compraria o que realmente preciso ou quero ter. E embora eu esteja vendo nas vitrines milhares de coisas muitos bonitas, creio que eu não compraria nenhuma delas. Porque isso tudo eu já tenho. E mais: porque eu não tenho aonde guardar.

Resolvi arrumar meus sapatos. Todos em caixinhas iguais, devidamente identificadas, e organizadas para que a visualização fique fácil. E aí, claro, eu percebi que tenho muito sapato. Quer dizer, eu não chegaria aos pés da Carrie. Mas para uma pessoa normal, que tem apenas dois pés, eu tenho demais. Sei que existem garotas que colecionam montanhas de Melissas, mas acho que meus onze pares são muitos. Separei dois para doar, e vou viver feliz enquanto os outros nove puderem ser usados. Decidi que só vou comprar um sapato novo se me desfizer de um par que já tenha, e que não vou mais comprar Melissas.

Eu sou consumista e economizo somente o necessário, mas acho que essa onda de sustentabilidade começou a me pegar. Pra quê ter tanto? Tudo isso será lixo um dia. Então agora, se eu for comprar, tem que ser algo que valha muito a pena e demore aaaaanos até virar lixo. Em geral, o que é durável costuma ser mais caro. Mas não é preferível economizar e comprar um casaco que usarei a vida inteira do que encher as gavetas com blusinhas (tão bonitas) da Renner?

28 de março de 2011

Post sem título

Postado por Amanda Mirasierras na segunda-feira, março 28, 2011 3 comentários
Todas essas segundas que passaram eu pensei no que escrever aqui. E em todas essas segundas (ou terças, ou quintas) alguma coisa aconteceu e eu deixei o texto "pra semana que vem". Porque a proposta desse blog é escrever sobre assuntos femininos, e sendo eu mulher, poderia escrever sobre qualquer coisa que acontecesse comigo, não é? É, mas tudo o que aconteceu fez com que eu tivesse cada vez menos assuntos.

Talvez a maior verdade seja que a vida, de repente, começa a atropelar as nossas vontades e impor as suas. E aí eu compro um monte de esmaltes novos, lindos, penso em escrever alguma resenha batida sobre eles, mas no dia seguinte eu descasco as unhas lavando roupas e fim. Num outro dia eu resolvo escrever sobre amizade com mulheres. Sobre como ter amigas pode ultrapassar todos os clichês de competir e se ofender, por exemplo, e sobre como é incrível quando a gente tem a sorte de ter amigas que são apenas pessoas. E aí, no exato instante em que eu decido o assunto do texto, uma amiga minha resolve surtar loucamente e começa a disparar um monte de queixas e cobranças sobre mim. Eu fico sem entender nada e arquivo a ideia de escrever.

Ou então eu resolvo escrever um texto mais impessoal e contar nele a minha experiência com o Dekapcolor. Só que eu recebo um telefonema pouco amistoso da minha sogra. Esse telefonema poderia render posts para um ano inteiro, mas sogras só existem se a gente tiver namorado ou marido. E pelo bem do meu, eu mais uma vez deixei que a tristeza se limitasse às paredes da minha casa. Mas post, é claro, não nasceu depois disso.

Entre tantos atropelos, eu meio que desisti de blogs. Eu adorava visitar mil deles, mas agora, às vezes, eu estou lendo alguma bobagem e não vejo muito sentido naquilo. Em escrever e dar opiniões para que qualquer pessoa possa ler, interpretar como quiser e passar adiante como bem entender. E aí pode acontecer de alguém se magoar por algo que, na verdade, não foi o que você escreveu. Claro que isso sempre aconteceu, mas sabe, agora faz mais de 6 meses que eu estou sem trabalhar, meu dinheiro acabou, eu estou retomando meus projetos de pós e devo esperar meses até receber uma bolsa, voltei a estudar, não tenho carro, voltei a estar dentro de um ônibus ou metrô naquele horário em que a gente só quer estar no sofá de pijama, tenho meus pais e os problemas deles, tenho um cachorro para cuidar, tenho muita roupa para lavar e passar, tenho que cozinhar porque a dieta do Marcelo não permite comer porcarias, tenho que limpar a casa porque a faxineira vem a cada 15 dias, e tenho o fim de semana para dormir mais, ir ao mercado, ver a minha mãe e, por que não, passear um pouco. E assim como acontece com vocês, e como eu já escrevi lá em cima, sempre tem muito mais.

Eu fiquei super ansiosa desde que a C&A anunciou parceria com a Stella McCartney. Desanimei muito depois que anunciaram os preços das peças (não importa o quanto eles sejam menores do que nas coleçõe, continua não sendo para mim), mas como o meu aniversário está chegando, eu pensei em ganhar alguma peça de presente. Especialmente o macacão preto. Ai, no dia 23, eram umas 21h e eu estava na aula, quase dormindo e escrevendo com cuidado porque tinha queimado meu dedo passando roupas à tarde, com pressa, já que tive uma reunião de manhã e fiz tudo correndo. Pensei na ironia de estar lá enquanto a mulherada tinha se matado durante o dia para garantir uma peça da estilista.

Então, o que merece virar post? Atualmente, eu não saberia responder essa pergunta. Mas eu sei que é chato entrar várias vezes num blog e ver que ele não está atualizado; então, caso alguém passe por aqui, pelo menos tem uma para perder uns cinco minutos.

11 de fevereiro de 2011

Edição Extraordinária

Postado por Tata na sexta-feira, fevereiro 11, 2011 2 comentários

Oi Gente! Desculpa, mas eu estou fazendo 42 anos e vim aqui humilhar vocês de 20 e poucos!


25 de janeiro de 2011

Waves

Postado por Amanda Mirasierras na terça-feira, janeiro 25, 2011 10 comentários
Assim como a maioria das pessoas que eu conheço, eu tenho cabelo ondulado. Acho que já contei uma vez aqui que eu tive cabelo liso até uns 12 ou 13 anos, e então, junto com a menstruação, vieram as ondas. E pouco depois das ondas, vieram as tintas.

Eu comecei usando aqueles shampoos tonalizantes, depois as tais tintas "temporárias" (que siginificam: desbota a cor original e fica aquela cor de burro quando foge), e então as permanentes. Na maioria das vezes, os tons eram vermelhos. E cheguei a fazer também algumas luzes. De toda a minha experiência colorida eu tirei uma lição: qualquer tinta modifica o cabelo. O meu, que era fino, foi ficando cada vez mais grosso. E cada vez mais rebelde e ressecado. Pode até ser que as tais tintas profissionais estraguem menos, mas elas não são perfeitas.

Quanto às ondas, logo reparei que, quanto mais eu pintava o cabelo, mais difíceis elas ficavam de lidar. Então eu fiz muita touca para dormir, depois aderi à chapinha, e finalmente veio a escova progressiva.

O mágico da progressiva é que ela faz com que o cabelo mais detonado de todos fique bonito e brilhante. Pelo que eu entendi, quanto mais química tiver o cabelo, mais abertas ficam as escamas, e assim, o produto da progressiva penetra melhor nos fios. Na prática, quanto pior estiver seu cabelo, melhor ele ficará. Não é o máximo?

Acontece que no ano passado eu comecei a ficar de saco cheio de retocar raiz e resolvi que pronto, não ia mais pintar o cabelo. E então ele começou a nascer mais fininho, mais saudável e bem mais maleável. No entanto, a progressiva que antes fazia milagres capilares passou a ter menos cabelo detonado onde agir. A solução seria, então, fazer a progressiva com frequência maior. Ou não!

Eu resolvi que iria tentar ficar sem os cabelos super lisos. No começo eu estranhei bastante, mas sabe que agora estou bem acostumada? Meu cabelo está boa parte sem tinta, e é nítida a diferença de onde ainda tem tinta. Ainda serão longos meses (talvez anos) até que ele cresça inteirinho da cor natural, mas aprendi que, com os produtos certos, dá para viver bem com as ondas.

Se eu lavo o cabelo e não faço nada, ele forma as ondas naturais e fica sem volume algum. Pelo jeito, era a tinta que fazia com que o cabelo parecesse mais volumoso. Se eu quero um efeito mais liso, seco com o secador e só passo a escova de leve, quando ele está quase seco. E quando eu sinto saudades da progressiva, passo a chapinha!

Eu continuo achando cabelo liso bem bonito, mas olha, acho que as ondas finalmente se libertaram.

Amy Adams usa ondas ruivas e lindas

Carey Mulligan usa curtinhas

Charlize Theron usa

Diane Kruger usa

Anne Hathaway usa ondas chanel

Gisele Bundchen usa e todo mundo copia

Drew Barrymore usa

Scarlett Johansson usa ondas largas

Julia Stiles usa quase formando cachos

Sarah Jessica Parker SÓ usa

Keira Knightley usa

Natalie Portman usa ondas comportadas

Aí eu também uso, né?!

19 de janeiro de 2011

Em busca das havaianas perfeitas

Postado por Tata na quarta-feira, janeiro 19, 2011 8 comentários
Desde outubro do ano passado, quando anunciaram o lançamento de uma parceria especial das havaianas com a grife Issa, eu fiquei toda empolgadinha com os modelos. Já faz algum tempo que as havaianas não me arrancam suspiros, com esses modelinhos 'neo-hippies' sempre iguais.


Cansada desses modelinhos...

A última que foi meu objeto de desejo e fiel companheira foi a listradinha roxa de tira prateada. Há um ano, eu estava muito feliz usando ela todo santo dia em casa, mas queria uma mais escura pra poder usar na rua (e não ficar com a sola feia encardida), cismei que tinha que ser marrom, e foi muito difícil achar um modelo que me agradasse. Por fim, acabei me encantando pelo modelo de borboletas bem verão (claro que a princípio eu quis a roxa de borboletas, mas fui fiel a idéia de comprar marrom).

Chinelo pra dentro e pra fora de casa, o orgulho das avós!

Pronto, eu tinha as havaianas que queria e precisava. Até que... a roxinha linda quebrou! =( Pra mim, o único defeito das havaianas é que aquelas tiras malditas não colam de novo nem com reza brava! Ok, é ligeiramente 'de pobre' colar tira de havaianas com super bonder, mas o que a gente pode fazer se o modelo defeituoso não está mais a venda? Assim eu passei a usar a marrom dentro e fora de casa, até achar um modelo bonito que substituísse a roxa à altura. Mas isso não foi tão fácil quanto eu esperava.

Quando eu vi os modelinhos da Issa, tão fofos, eu queria logo os 3! Eu não sabia qual era mais bonito, se o de bolinhas (poá?) ou o de micro corações, e pensei que esse de corações maiores devia ficar lindo em outra cor. Alias, fiquei imaginando quais cores teria disponível e a dúvida imensa que eu teria pra escolher. A promessa é que seriam vendidas no site (nunca aconteceu) e nas lojas oficiais (sumiram em 5 minutos), enfim, nunca soube de toda a gama de cores!

Queria uma de cada!

Depois de olhar umas 3 vezes pra essa vermelha com azul, eu comecei a achar que ela era bem simpática. Por que vermelho e azul  não combinam entre sim e também não combinam com nada além de vermelho ou azul. E eu acho que chinelo não tem que combinar com nada mesmo, tem que ser uma coisa independente, a gente tem tanta roupa de tanta cor que só um chinelo preto ou branco vai combinar com tudo (ou se você tiver vários chinelos diferentes). Então, se não combina com nada, combina com tudo! E eu decidi que queria esse modelo, nessa cor mesmo.

Passei dezembro procurando em vão e parti pra minha viagem de ano novo sem meu tão desejado chinelo. Já achava que era caso perdido, mas, na volta, li em algum blog sobre uma menina de outra cidade dizendo que achou algum desses modelos na viagem dela pra SP no fim de dezembro. Meu, como assim o pessoal que mora fora daqui consegue comprar e eu não né?!?! Tenho que admitir que eu sou uma pessoa obstinada (obcecada??) quando eu quero, então comecei a ligar pra todas as lojas de SP e a melhor resposta que eu tive foi "só tem do 39 pra cima e não são todos os modelos".

Olha, eu calço 36, mas sempre compro minhas havaianas 37/38 pra ficar larguinha, "será que é muitooo maior?" eu pensei. Era a loja mais perto de mim (só tive que voltar pela opção 2 de caminho desviar uns 4 quarteirões), enfim, não custava tentar né? Chegando lá, bem esse modelo (deve ter sido o menos gostado, coitado) tinha um par no meu número! Poxa, tava me esperando né? Olhei a etiqueta e vi que custava 40 reais, pqp quando foi que essa marca de pedreiro ficou tão cara né? Mas eu já tinha ligado pra um monte de lojas, ido até lá, e achado o meu modelo no meu número, poxa, se não comprasse iria me arrepender depois!

Depois de toda essa saga, voltei pra casa cantarolando feliz e contente, pra dizer pro namorado "amor, diga olá pras minhas havaianas novas" e ver ele fazer a maior cara de espanto e falar "nossa, que... diferente!" e depois dizer que não acreditava que eu paguei esse preço por "isso".

Mas homens não entendem nada desses desejos súbitos e ligeiras obsessões, não é mesmo? E eu ainda estou muito satisfeita com a minha aquisição!

17 de janeiro de 2011

O tempo e eu

Postado por Amanda Mirasierras na segunda-feira, janeiro 17, 2011 4 comentários
Semana passada eu fui (de ônibus) fazer uma entrevista de emprego. Cabelo arrumado, maquiagem leve, calça de alfaiataria, camisa e salto. Sentei no último banco, aquele que tem uns cinco assentos juntos, e ao meu lado, encostada na janela, havia uma garota de uns 17 anos.

Quase não era possível ignorar a sua presença porque o som do MP4 ultrapassava os fones de ouvido (embora eu não tenha conseguido identificar que rock ela ouvia). Notei que ela me olhou com o canto dos olhos, mas continuou olhando em frente, com aquela postura blasé que as adolescentes costumam ter quando estão próximas dos adultos.

Então eu percebi como o tempo faz com que a gente mude de postura, de atitude, de visual. Na verdade não é só culpa do tempo; conforme ele passa, a gente vai vivendo uma série de acontecimentos e vai mudando. Mas é difícil identificar as mudanças enquanto elas acontecem, e talvez a gente só se dê conta quando encontra alguém que é o que a gente um dia foi.

Quando era mais nova, eu fui como aquela menina. Eu andava de ônibus com os rocks quase ensurdecendo meus pobres ouvidos e não entendia algumas mulheres que saíam por aí tão arrumadas. Meu uniforme oficial era calça jeans escura, All Star e alguma blusinha comprada nas promoções da Renner, em geral pretas e estampadas. De vez em quando, uma camisetinha de banda. E se estava frio, provavelmente havia um moletom ou alguma jaqueta mais pesada - cuja única função era mesmo me aquecer - por cima.

Quase sempre usava o cabelo pintado de algum tom de vermelho, e às vezes estava de óculos. Daqueles com armação escura de acetato. Mas era raro, porque embora eu não fosse exatamente um ícone da vaidade, detestava sair de casa sem as lentes de contato. Brincos, só pequenas argolinhas prateadas nos vários furos das orelhas. E maquiagem? Nunca! No máximo a famosa base em bastão do Avon (que por sinal eu uso até hoje) para disfarçar os efeitos da minha pele que sempre foi ultra sensível avermelhada. Às vezes, um gloss cor de boca e só.

Naquela época eu não tinha sapatos de salto. Só uma bota de salto quadrado, que usava no inverno, e um ou dois pares de sandálias que em geral eram compradas para ocasiões específicas, como formaturas. Bolsa, era uma jeans escura, tipo carteiro, que eu usava no cursinho, e mais uma ou duas que eu usava "para sair".

Assim como a minha vizinha de ônibus, eu era muito branquinha. Porque só saía de casa para a escola/cursinho e voltava.

E hoje, quase dez anos depois, eu tenho uma bolsa de cada cor. Um monte de sapatos - e nem por isso deixo de desejar um par novo quando o vejo na vitrine. Roupas para qualquer ocasião. Vários tipos de maquiagem, com os acabamentos da minha preferência. Pele mais queimada de sol porque preciso sair muito de casa. E as minhas músicas preferidas estão em algum lugar do computador.

Outro dia, num fim de semana, eu fui me vestir para sair e escolhi uma calça jeans mais baixa, All Star vermelho e blusa engraçadinha. Aí a blusa parecia curta, porque deixava um pedacinho mínimo da barriga aparecendo. Eu me olhei no espelho e não entendi muito bem o desconforto, mas havia alguma coisa fora de lugar. Troquei de roupa e fui embora.

Eu sei que poderia viver perfeitamente bem com a metade das roupas, sapatos e bolsas que tenho, como vivia há 10 anos atrás. Mas aquela atitude de quem não se importa, aquela postura de quem não está nem aí, essa eu acho que não volta mais.

14 de janeiro de 2011

Cindy, what´s in your bag?

Postado por Ci na sexta-feira, janeiro 14, 2011 4 comentários

A agenda sempre tá na bolsa no começo do ano. Aí, eu fico um tempo carregando o peso e quando me conscientizo de que não abro nem em casa, nem em lugar nenhum, ela acaba saindo da bolsa. As xuxinhas que estão ali são para ficarem escondidas apenas, na hora que eu preciso, eu nunca acho e é aí que entra o lápis. O lápis não é para anotações e sim para prender o cabelo.
O livro é o peso significativo número 2. Vai e volta todosos dias para ser lido no ônibus, mas no ônibus eu durmo =). Então ele passeia todos os dias. A banana (dentro do "negócio" vermelho) e a maçã são os pesos significativos número 3. Estão aí a três dias, logo mais vão para o lixo. Eu prometi o regime pra 2011 mas o chocolate é mais forte do que eu!
A certeira serve para cartões não muito usados. Os cartões de todo dia (mini cartão do banco, visa vale, crachá da empresa E celular) ficam na bolsinha rosa lá de cima e o dinheiro fica espalhado pela bolsa (ganhei R$2,50 nessa brincadeira ; ). Perto da bolsinha estão os fones de ouvido que nunca saem da bolsa e o carregador que estava mais de passagem (representando o celular que no momento da foto estava... tirando a foto).
Chaves de casa, chaves do serviço, terço presente da mãe, guarda-chuva (que não tem sido muito útil ultimamente porque ele não dá conta do balde d'água em São Paulo - faltando uma vareta! Mas ele tá bão ainda). Lixa para as unhas, esparadrapo para os pés. Balinha e a necessaire com escova de dentes e de cabelo, pasta, antitranspirante, perfume preferido e coisinhas da lente (menos o colírio que fica do lado de fora).
O bilhete único está para emergências desde que eu entrei no maravilhoso mundo do fretado.
Os bolinhos de papel foram divididos entrem as notinhas que foram todas para o lixo depois da foto e os úteis/ainda não guardados entre eles a lista de telefones do pessoal do fretado e o cartão de natal que a tata me deu (talvez o mais significativo de todos os outros natais).
Um poquinho abaixo da agenda tem uma caixinha. Essa é uma caixinha de costura foi "emprestada" do hotel dá da argentina e tem linha e agulha para momentos de desespero!

12 de janeiro de 2011

Tata, what's in your bag?

Postado por Tata na quarta-feira, janeiro 12, 2011 7 comentários
Se vocês soubessem o trabalho que me deu tirar TUDO que tem na minha bolsa pra fotografar!

Primeiramente, tenho que confessar que a minha bolsa não está exatamente do jeito que eu gostaria, pois ela é meio molenga e tem um compartimento só - e eu prefiro as mais durinhas e com várias divisórias, pois assim não sai tudo do lugar em qualquer chacoalhada. Mas enquanto eu não compro um organizador tipo esses (o que facilitaria também trocar de bolsa mais vezes, coisa que eu nunca faço), eu me viro colocando as 'pequenices' em saquinhos de pano, pra não perder nenhum item lá dentro.

Vocês vão ver que o problema maior da minha bolsa é que eu sou uma pessoa que gosto de ter opção, então não adianta ter só aquele item indispensável, pois eu passo muito tempo fora de casa e posso precisar de qualquer coisa a qualquer momento. Ou seja, não se assustem! O namorado psicólogo acha que eu preciso de terapia, mas pode atestar que eu não causo risco a outros seres humanos - ainda! Então vamos lá, em partes (as fotos foram feitas em cima do meu edredon não totalmente esticado e eu não consigo girá-las, sorry).


Tudo junto e misturado

1. Vocês podem ver no canto direito minha bolsa preta com uma flor de enfeite (que é a última moda no eixo 25/Brás) e o leque que eu comprei mesmo com muito protesto do namorado (leque não é coisa de velha!). Junto com ele, ilustrando o tempo maluco de SP, devia estar também o guarda chuva, que eu carrego todos os dias, religiosamente (mas como choveu ontem, ele estava secando);


A turma dos bolsinhos

2. Celular e Bilhete Único vão no bolsinho de fora - acesso express garantido;

3. Dentro, no bolso maior, ficam as chaves de casa e do trabalho e o crachá;

4. Dentro, em um dos bolsinhos menores, tem os apetrechos de cabelo (elástico, tic tac, grampo e piranha), um mini perfuminho que eu nunca uso (mas 'vai que', né?), creme para mão e um espelhinho descascando por fora e solto por dentro (que me faz ter que avisar todo mundo que pede emprestado);

5. Dentro, no outro bolsinho pequeno, carteirinha da academia, 2 pen drives, token do itaú e chicletes de vários sabores (a bendita opção!). Junto com os chicletes sempre fica uma barrinha de cereal pros momentos de fome repentina (mas eu tinha comido ela ontem depois da natação!);

Indispensáveis

6. Carteira! Essa todo mundo tem, mas a minha tem um papel embrulhando as sementes de uva do ano novo, 4  cartões de desconto em farmácias (e vocês já verão o porquê), cópia colorida e autenticada do RG (cansei de tirar novas vias), 3 fotos 3X4 do Fê e nunca tem dinheiro! E eu sempre reclamo dos lugares fdp que não aceitam débito;

7. Caderninho fofo comprado na Argentina (e que estranhamente tem uma Torre Eiffel desenhada) e mini caneta brinde do banco Schain (eu coleciono canetas brinde). No caderninho eu anoto contatos importantes e tenho listas infinitas (posts a fazer aqui e no Indisposta, compras pra casa, compras pra mim, compras na farmácia, compras no mercado...) e também coloco os papéis soltos dentro (horários da academia, cupons de desconto para usar, etc.);

8. Ipod na capinha de cupcake linda, fone de ouvido e cabo pro PC;

9. Óculos de sol e de grau, sendo que eu uso muito mais o de sol;

10. Necessaire de remédios: dorflex, doril, neosaldina, naldecon, atroveran, amidalin, pastilha valda, bandaid e emplastro de Salonpas. Em minha defesa tenho que dizer que eu não sou hiponcondríaca, que os remédios duram muito e eu sempre forneço pra outras pessoas também, eu só acho melhor previnir, ué! Aqui também fica uma pinça;

Feminices

11. Lencinhos umedecidos que eu comprei e que eu peguei no avião (porque eram tão bonitinhos) e porta lenço de papel  de crochê que eu ganhei no casamento de uma amiga aí;

12. Saquinho branco com absorvente externos e internos (que ficam nesse porta absorvente rosa) e protetores diários;

13. Protetor solar - sempre;

14. Saquinho azul com mini lixas lindas, cera de cutículas da Granado, lenços removedores de esmalte (falarei deles em breve) e esparadrapo pro pé;

15. Micro necessaire da Avon de maquiagem (com gliters chatos que ficam soltando). Confesso que tudo que eu preciso na vida são os 3 primeiros itens: rímel (Super Shock, só o Super Shock), lápis preto (aquele com esfumador da Avon que é ótimo tanto pra esfumar como pra usar normal) e o brilho sabor e aroma que serve como brilho labial e blush. Mas eu também carrego um duo de sombra preto e prata (que me deixa super produzida), lápis bege (pra abrir o olhar) e, mais recentemente, um conjunto com sombra verde, azul, lilás e marrom que custou 4 reais! Pra ter opção né?!

Hoje, excepcionalmente, eu ainda estou carregando o esmalte que eu passei ontem (e depois fui lavar a cabeça e lascou) e a máquina com as fotos pra esse post. UFA! É só tudo isso. Vocês devem estar pensando como eu não fico com dor nas costas, e, de fato, eu sempre tive muita, ta aí o salonpas que não me deixa mentir! Mas, desde que eu tomei a atitude radical de só comprar bolsas com alça menor (daquelas que não dá pra pendurar no ombro, só carregar na mão), eu diria que tive uma melhora de quase 100% nas dores, recomendo!

10 de janeiro de 2011

Amanda, what's in your bag?

Postado por Amanda Mirasierras na segunda-feira, janeiro 10, 2011 7 comentários
É, caros leitores, finalmente esse dia chegou. Com tantos "what's in your bag?" blogs afora, eu sei que vocês estavam perdendo o sono para saber o que, afinal, eu carrego na minha bolsa.

Pois seus problemas acabaram! Resolvi hoje abrir a bolsa e revelar a todos os segredos que me fazem ser essa garota tão estilosa.

Amanda, what's in your bag?




1- Celular
Celular Samsung, não sei o modelo, comprado no meu aniversário do ano passado com todos os bônus que acumulei em muitos anos usando a Claro. E não me dei de presente não; é que o antigo quebrou mesmo. O pingente é um Yellow Submarine, e a capinha foi comprada no metrô Ana Rosa após o celular riscar ao se acindentar com uma lapiseira.

2- Canetas
A menor é quatro cores, das quais só duas realmente funcionam. A maior é souvenir do laboratório da Monique, porque quem está no complexo HCFMUSP sabe que caneta vale ouro.

3- Vale alimentação
Cartão do Marcelo, que anda comigo porque sou eu quem faz o sacolão. Embaixo, o papel aonde está a senha - não, eu não sou capaz de decorar quatro dígitos.

4- Guarda chuva
Por um milagre, todas as varetas dele (ainda) estão no lugar certo. O guarda chuva nunca sai da bolsa, porque quem não tem carro em São Paulo sabe muito bem que vai voltar pra casa parecendo um pinto molhado.

5- Papéis importantes
Dentre meus papéis importantes estão aquele com o número do protocolo da Claro, de quando tirei todos os serviços extras que me causavam gastrite monetária. Também tem lista de compras e meu pedido no Subway.

6- Notas
Por azar, dessa vez havia poucas. Mas eu sempre carrego na bolsa as notas fiscais do Compre Bem, do Hortifruti e da farmácia.

7- Necessaire da saúde
Dentro eu carrego lenço de papel, absorvente, Neosaldina e colírio para as lentes de contato. Geralmente tem também aquele Vick inalante, porque eu sou viciada em Vick Vaporub.

8- Carteira
Carteira em matelassê, no melhor estilo Chanel, comprada por 20 reais na Marechal (você não é de São Bernardo? Hum... que chato). Dentro dela, além de fotinhos e uma nota de 5 reais, sempre carrego o raminho do Domingo de Ramos e o louro do Ano Novo, porque dinheiro, a gente quer ver por aqui.

9- Necessaire da beleza
Ela faz parzinho com a outra, repararam nesse luxo? Dentre os muitos artigos que há lá dentro, destaco o espelho em ótimo estado, o blush cuja marca ou número não constam na embalagem, e a base em pó da Avon que está um tanto carcomida porque caiu no chão - eu não reparei, mas o Ziggy sim.

10- Bolsa
E a responável por tudo isso é a bolsa marrom que ganhei da minha mãe no Natal. Ela é uma nothing inspired, e eu a adoro do fundo do meu coração.

E você, garota? What's in your bag?



 

5 de janeiro de 2011

Feliz Ano Velho

Postado por Tata na quarta-feira, janeiro 05, 2011 7 comentários
Ano novo me irrita porque todo mundo acha que é a época mágica que vai mudar totalmente a vida das pessoas. Mas, passada a animação inicial, toda aquela bondade que habita o coração das pessoas no natal vai embora e todo mundo volta a só se preocupar com o próprio umbigo. Aproveitou dezembro pra se reunir com aquela turma do colégio que você não via há tempos? Que bom! Porque agora você provavelmente só verá eles de novo no próximo dezembro mesmo. Será que as pessoas só sentem saudade e gostam umas das outras no fim do ano? Enfim, começou um novo ano e já podemos voltar a ser o que a gente foi o ano passado todo.

Ou não. Pois esta é a época em que todos fazem mil promessas sobre como vão mudar tudo que não gostam em si. Vai todo mundo pra academia, parar de fumar, voltar a estudar. Seria realmente muito bom, pena que até março, mais da metade já vai ter desistido. O mais engraçado são aquelas pessoas que falam "esse ano eu vou MESMO, porque ano passado eu falei e desisti" é, we know...

Faz algum tempo que eu desisti de fazer promessas de ano novo, mas em homenagem a esse pessoal que é brasileiro e não desiste nunca, eu resolvi pensar nas minhas promessas também. Em 2011 eu...

... não vou emagrecer, porque a minha genética não ajuda, eu acho que comer é uma das coisas mais prazerosas do mundo e os cupons de desconto de compra coletiva não colaboram com nenhuma dieta.

... não vou me dedicar mais ao curso de inglês, porque eu nunca tenho tempo (nem saco) pra fazer lição de casa ou exercícios no e-campus e sempre cabulo muitas aulas pra por meu sono em dia.

... não vou todo dia à academia, porque apesar de não ser tão ruim quando eu estou lá, me falta motivação pra virar a esquerda e chegar até lá, já que é sempre muito tentador continuar reto e ir pra casa.

... não vou acordar mais cedo e me arrumar decentemente pra trabalhar, porque nos 10 minutos que eu tenho dá muito tempo de escovar os dentes, enfiar qualquer roupa e até colocar um brinco. A maquiagem fica pro ônibus mesmo.

... não vou ser mais paciente e menos nervosa, pois qualquer coisa me tira do sério e eu não tenho vocação pra monja budista.

E vocês, o que vão fazer (ou não) neste ano?

Ah, e pra quem fez aquelas promessas do tipo "ler tantos livros em tanto tempo", fica a dica no título do post.

4 de janeiro de 2011

Príncipe encantado

Postado por Amanda Mirasierras na terça-feira, janeiro 04, 2011 6 comentários
Deve ter quem acredite em almas gêmeas, e esse definitivamente não é o meu caso. Certamente há muita gente que tem uma visão romântica do amor, e embora romantismo e amor pareçam estar tão ligados, também não é esse o meu caso.

Outro dia eu estava conversando com uma amiga minha e ela disse que eu tive sorte, porque há poucos caras como o Marcelo. E nessa hora eu tive que interromper e dizer que não é bem assim. Existem toneladas de homens bons nesse mundo, e nisso sim eu acredito de verdade. Acontece que, muitas vezes, a gente escolhe um parceiro pelos motivos errados. E aí, quando não dá certo, a gente acha que deu azar. Mas os motivos estavam ali, bem ao alcance dos olhos.

Eu acho que para ser feliz com alguém, a gente precisa, antes de tudo, dar chance para que as pessoas mostrem quem elas são. Mas na maioria das vezes, as pessoas já montaram o protótipo do homem ideal e saem procurando por aquele que se encaixe nos padrões estabelecidos. O Cazuza cantou seu blues da piedade "para quem não sabe amar / fica esperando alguém que caiba no seu sonho". É aí que a gente se decepciona. Ninguém vai caber naquele sonho. Quem sabe amar, ama o pacote completo.

Pode até ser que existam pessoas bonitas, inteligentes, de humor interessante, sensíveis, compreensivas e fieis, desse jeito, tudo no mesmo balaio. E pode ser que você conheça essa pessoa, e como ela reúne todos os atributos que você deseja, ela pareça ser a pessoa certa. Mas depois de um tempo, sabe-se lá por qual motivo, ela pode deixar de ser. Porque o que une as pessoas não é um amontoado de adjetivos, mas sim uma afinidade inexplicável que só vai acontecer se você deixar.

E eu também acredito que essa afinidade possa crescer na convivência e na amizade. Claro que eu não acredito em amor à primeira vista. Mas acredito que se a gente quiser ter alguém, precisa baixar a guarda e permitir que essa pessoa se aproxime e mostre a que veio. Às vezes, não dá em nada. Mas em outras vezes, aquele cara baixinho que usa camisetas engraçadas pode se mostrar a pessoa mais incrível que você já conheceu na vida.

Pode parecer que eu tive bastante sorte nos meus relacionamentos. Porque, salvo uma única exceção, eu sempre tive perto de mim pessoas muito, muito boas, que me respeitaram demais, me aceitaram como eu sou e me amaram bastante. Mas eu não acho que dei sorte. Acho que eu fui atenta o suficiente para perceber aonde estavam as minhas chances de ser feliz. E mesmo quando não deu certo, eu tinha razão: fui feliz.

Então, para quem está sozinha e acha que não há no mundo alguém que possa fazê-la feliz, eu diria para abrir os olhos ao seu redor. Devem sim existir pessoas certas para você - basta você deixar que elas se aproximem.
 

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