2 de agosto de 2010

Da fidelidade

Postado por Amanda Mirasierras na segunda-feira, agosto 02, 2010
"Antes ser a outra do que corna".

Quantas vezes você já ouviu uma mulher proferir essa frase? Dezenas de vezes? Centenas? Aliás, você já disse que prefere ser a outra do que ser corna? Já? Por quê?

Vamos analisar bem as duas condições? Comecemos pela corna.

Você conheceu um cara, se apaixonou e foi correspondida. Começaram um relacionamento legal, um conheceu a família do outro, criaram amigos em comum, viajaram, até que um dia algo começa a desandar e você descobre: ele tem outra. Ou teve, tanto faz. O fato é que o cara em quem você confiava, aquele que você acreditava ser a pessoa certa, com quem você fez planos, um belo dia se engraçou com outra. E você? Você, minha cara, foi vítima de uma grande sacanagem. Porque não há lei nesse mundo que obrigue uma pessoa a ficar com outra, mas é de se esperar que haja um mínimo de respeito por quem está com você. Mas,nesse caso, não houve. Você descobriu a traição. Foi terrível! Seu mundo caiu, seus sonhos terminaram, e aquele cara incrível se transformou um tremendo filho da puta.

Mas você não teve culpa alguma. Porque não há justificativa para uma traição. Aliás, acho que há uma exceção: quando seu relacionamento já está nas últimas, você se interessa por outra pessoa, sai com ela, e então resolve terminar de vez aquele namoro/casamento. Aí acho compreensível. Mas trair e continuar um relacionamento como se nada tivesse acontecido, ou pior, manter dois relacionamentos paralelos, é no mínimo um grande desvio de carater. Falta de bom senso, falta de solidariedade. É feio pra cacete!

Nesse caso, você se decepcionou com alguém que não era quem você imaginava. Mas, no fim das contas, você acabou conhecendo quem realmente essa pessoa era e se livrou de uma grande otário. E fazer o quê, não é? Bola para frente, porque felizmente há muita gente boa nesse mundo.

Agora, analisemos a outra.

Vou logo explicando a minha exceção: você não tem culpa alguma se não souber que é a outra. Se você conhece um cara, começa a sair com ele, tudo vai indo muito bem, e um belo dia o rapaz resolve dizer que é comprometido, é óbvio que você não tem culpa. Mas se você está muito ciente do estado civil do cara e mesmo assim entra na onda, bem, então eu concluo que você deve ser tão mau carater quanto ele.

Porque eu me pergunto: o que leva uma mulher a se sujeitar a ser a outra? São raríssimos os casos em que um homem sai de um relacionamento (supostamente feliz, porque dos falidos eu já tinha falado sobre) para assumir uma amante. O que uma mulher ganha em ser a outra? Em ser a sombra do relacionamento? Ganha umas saídas, umas baladas, uns motéis, e olhe lá. A oficial fica com a vida social, com a família e com as datas importantes. Uma mulher tem que se gostar muito pouco para aceitar as raspas e restos de um amor.

Há, é claro, a importantíssima questão do ego. Porque é como eu sempre digo: mulher, quando quer dar, ninguém segura. E o mundo tá cheio desse tipinho vulgar de mulher que dá em cima de qualquer um, indiscriminadamente, para testar seu poder de sedução. É o prazer de ver se dá certo. É claro que muitas vezes dá! Mas, sério, alguma mulher realmente se sente especial por ter a atenção de um filho da puta comprometido que deu bola para a primeira engraçadinha que apareceu?

E mesmo que o filho da puta comprometido dê em cima de você, que é solteira, livre e desimpedida, você sabe tão bem quanto eu que essas histórias são furadas desde o começo. Vocês vão sair algumas vezes, vão se divertir, e só. Você não ganha nada com isso. E não caia no engano de pensar que você é melhor do que a oficial, viu. Não é. Poderia ser você, poderia ser qualquer outra. Mas, nesse caso, foi você quem topou ser conivente com essa papagaiada toda.

Então, garotas, fica aqui a minha sugestão. Se nenhuma de nós tem total controle sobre os cornos, então sejamos íntegras o bastante para não nos sujeitarmos à triste categoria de ser "a outra". Seja você quem for, você merece mais. Merece um cara decente, com carater. Você merece ser a única.

Ou, no mínimo, você merece ser uma pessoa decente.

6 comentários:

Tata on 2 de agosto de 2010 às 17:23 disse...

Eu estava super concordando com esse texto até chegar na seguinte frase:
"Ganha umas saídas, umas baladas, uns motéis, e olhe lá. A oficial fica com a vida social, com a família e com as datas importantes."
Era pra mostrar que ser a oficial é mais legal? Pq "vida social" pode ser = aquele aniversario do colega de trabalho dele que somos obrigadas a ir e levar presente/ "família" eu nem preciso comentar/ e "datas importantes" vão fazer eu me desdobrar nesse domingo entre 2 pais, aniversario da minha irma e a unica coisa q eu realmente quero fazer q é ir no show dos titãs...

Enfim... posso ser a oficial e ficar só com a parte das saídas, baladas e motel???

Ci on 2 de agosto de 2010 às 22:15 disse...

Eu acho que "a outra" não é vale a pena ser assumida.

E a partir daí, dá pra imaginar o nível.

Eu concordo com o texto sim.
Tudinho.

Por que saídas, baladas e motéis são momentos. Momentos até importantes, mas momentos. Equanto o que vale, no fundo, é gostar na rotina, no dia a dia, nos altos e baixos.

Anônimo disse...

Oi, eu sempre passo aqui para ler, mas nunca deixei um comentário( que feio da minha parte=/), mas depois que li esse post precisa contar um caso pra ouvir opiniões, não aconteceu comigo, mas foi alguém próximo tipo muito amigo mesmo, ele namorava se dizia apaixonado e todas aquelas coisas bonitinhas fds com a namorada, sair com amigos, família, tudo que já conhecemos, bom vou tentar encurtar num belo dia, alguém que ele conheceu a muito tempo, voltou pra vida dele, ninguém com quem ele já tenha ficado, essa menina achou ele nós famosos sites de relacionamento, e o add e começaram a conversa, ela disse que sempre gostou dele mas nunca teve coragem de fala e que ele nunca tinha olhado para ela..... das conversas pela net passaram para encontros, sempre que não estava com a namorada(detalhe ela sempre soube que ele namorava) não que isso fosse imperdir, e ele passo uns meses traindo a namorada com essa menina, e encurtando mais rs... ele deixo a namorada e começou a ver mais essa menina, sempre que possível e não é que hj ela é a namorada oficial, na verdade oq eu me pergunto é se ele fez isso com a ex, oq impede ele de fazer isso com ela? (será que ela paro pra pensa nisso em algum instante) como eu disse a história não é minha, mas a pessoa é tão próxima que eu conheço os detalhes, eu não queria julga ninguém, mais é uma puta sacanagem agir assim com as pessoas, e falo isso pq acho que as duas partes estão erradas sei lá... pensando sobre isso ainda bom essa é minha história!
Meu nome é Alessandra, mas não sabia onde colocar aqui^^

Amanda Mirasierras on 3 de agosto de 2010 às 00:29 disse...

É exatamente isso, Cindy. Com esses exemplos, eu quis dizer da importância de ser "a oficial". Sendo a outra, vc terá momentos efêmeros que podem ser com vc ou com qq outra. Sobre obrigações sociais, bom... solteiros, casados, separados, todo mundo tem, né?

Amanda Mirasierras on 3 de agosto de 2010 às 00:34 disse...

Oi, Alessandra! Eu acho que o caso que vc descreveu até nem teve o pior dos finais, heim? No fim das contas, parece que eles realmente se apaixonaram (mas sim, o cara poderia muito bem ter terminado com a namorada antes!).
E vc levantou um ponto super importante, que é a confiança. Eu concordo com vc. Se aconteceu uma vez, pode ser que aconteça outra... e a garota vai ficar com a pulga atrás da orelha toda vez que surgir uma hora extra... hehehe
Beijos, volte sempre!

Mia disse...

Gostei do post. Sempre atual!

 

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