12 de abril de 2010

We can be us, just for one day

Postado por Amanda Mirasierras na segunda-feira, abril 12, 2010
Eu vou escrever como mulher porque não tenho como saber como pensaria um homem, mas acho que as minhas questões existenciais são inerentes a qualquer humano. Talvez mude um pouco a maneira de lidar com elas; talvez as mulheres tenham tendência a enxergar e encarar as coisas de uma forma diferente.

Na vida, nada acontece sozinho. Não dá tempo de se organizar e decidir resolver uma coisa de cada vez. Tudo vem junto, misturado, e quanto mais o tempo passa, mais urgente tudo parece ser - e menos eu sei sobre como resolver, ou como separar o que deve ser resolvido do que deve ser deixado para lá.

A minha vida profissional é uma montanha russa. Num dia parece que tudo está caminhando bem, que as oportunidades que surgem são maravilhosas e que eu devo agarrá-las. No dia seguinte, percebo que essas oportunidades não dependem só de mim e que eu posso passar muito tempo me dedicando a algo que não vai dar em nada. E então eu volto a me questionar sobre o que realmente gostaria de fazer, se eu tenho vocação para alguma coisa ou se algum dia eu vou realizar algo que faça algum sentido para mim. Isso sem nem falar sobre salário, porque aí eu precisaria dizer que tenho um monte de coisas para pagar e que nunca na vida serei promovida ou terei um aumento.

Da parte pessoal, embora eu sempre me esforce para ser prática e objetiva, fico constantemente frustrada por ver tantas coisas que fogem ao meu controle. Sinto uma falta imensa das amizades que eu tinha há pouco tempo atrás. Tenho saudades de como tudo era mais leve, de como as conversam fluíam com naturalidade, de como as discussões eram tão bobas. Saber que isso nunca mais vai voltar é bem triste. Parece que a vida vai ficando cada vez mais monótona, difícil e sem graça.

Hoje eu já me preocupo muito com os meus pais. Com o emprego deles, com o lugar onde moramos, com a qualidade de vida que eles terão ao envelhecer, e em como eu gostaria de fazê-los trabalhar menos e se divertir mais.

E tem muitas, muitas coisas. Tenho um irmão e um monte de coisas que eu queria dividir com ele, mas não sei bem como. Tenho uma família que está prestes a começar e milhares de dúvidas e receios. Tenho, como todas as pessoas, questões pendendes que volta e meia voltam a me assombrar e a me fazer duvidar do que eu sou.

Eu sei que todas as vidas são assim. Sei que todas as pessoas tem os mesmos problemas, e que só muda o lado para onde a balança pende. Sei que eu não sou a única a colocar música alta nos fones de ouvdo para espantar pensamentos ruins, que não sou a única que se esconde atrás dos óculos escuros, que não sou a única que sorri quando há milhares de caquinhos por dentro. Mas sou uma dessas pessoas, e como todas as outras, eu me perco em mim mesma. Eu tenho dúvidas, medos, e, ultimamente, uma vontade devastadora de chorar quando o despertador toca.

Eu também sei que todo mundo passa por fases na vida em que as coisas ruins parecem ser maiores do que as boas. Mas o que me preocupa é perceber que, mesmo que estejam acontecendo coisas boas para mim, continuo muito presa às ruins.

Eu nunca quis usar esse marcador "Lágrimas", mas tem dias em que é simplesmente impossível falar de maquiagem.

7 comentários:

Tata on 12 de abril de 2010 às 15:39 disse...

Poxa Amanda, não fica assim! Todo mundo tem seus momentos de depressão e eu, sinceramente, acho melhor se entregar pq ele passa mais rápido. Chora, grita, esperneia que você se sente bem melhor depois. Nada como um dia comendo brigadeiro embaixo do edredom. O que não pode é ficar assim sempre.
Então fica feliz e marca seu re-birthday pra gente se divertir! E se precisar conversar eu estou aqui, perto da Paulista e com quase todas as noites livres, por celular, por email e sempre num ponto de venda perto de vc!

Ahhh e se vc tivesse ido na minha apresentação ano passado saberia que eu cantei essa musica! We can be heroessssssss.... mas agora em julho tem outra, dont worry!

Marcelo "Muta" Ramos on 12 de abril de 2010 às 16:03 disse...

ah linda... você sabe como me sinto quando, mesmo querendo, não consigo ajudar né?

e estando longe, isso é tão mais complicado!

maldita distância! maldito emprego atual! maldito emprego novo que não me dá a resposta final! maldito despertador!

mas, concordo em boa parte com a tata e lembre-se sempre que eu estou o mais perto possível... e que acredito que tudo ficará muito bem e muito logo!

beijos!

Tata on 12 de abril de 2010 às 16:53 disse...

Vc só nao concorda com a parte que eu te culpo por vcs não terem ido a minha apresentação né??

Marta Zanetti on 12 de abril de 2010 às 22:40 disse...

Nossa, Amanda, eu me sinto assim muitas vezes, como se as coisas fugissem no controle,como se tudo estivesse errado e eu não conseguisse aproveitar a vida de verdade. Mas sabe uma coisa que aprendi (com muitos anos de terapia)? Nada está ao nosso controle. A gente tem que aprender a respirar fundo e simplesmente viver. E acreditar que as coisas já estão dando certo ;).
Fora profundidade rápida do comentário, rsrs, gostei muito do teu texto.
Beijos e boa sorte!

Unknown on 13 de abril de 2010 às 21:57 disse...

Tempo ao tempo. Manutenção da serenidade. Para você, para mim, para todos nós. Excelente post (comentário repetido!)

Sheilinha® on 14 de abril de 2010 às 08:45 disse...

HUm...eu queria comentar, mas não sei o que dizer...
Profundo post.

mãe disse...

Amanda
Temos que acreditar....
Às vezes, no emaranhado dos nossos sentimentos não conseguimos achar a saída no momento em que precisamos e assim ficamos ainda mais tristes.
Não perca a fé! Principalmente acredite em vc mesma e tente enxergar a vida com olhos otimistas.
Se depender dos meus pensamentos, vc sabe que estará sempre protegida.
Te amo

 

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