O quê??? Vocês têm idéia da loucura que eu estou falando? Agora eu acho uma loucura. O correto seria dizer que meninos são meninos e meninas são meninas e devem fazer o que têm vontade de fazer, independente de qualquer coisa.
Mas eu vivi com a resistência. Aqui em casa, meu pai não lava a louça e minha mãe não dirige (exceto pelo trabalho, que o braçal é da mam´s, mas o negócio é dele). Minha avó perguntava pros meus pais, longe de mim, se eu não tinha nada mesmo com a minha amiga (ela sempre sonhou com um namorado japonês). Me enganaram muito tempo com o cabelo em V, para que eu visse a parte da frente mais curta e continuasse com os cabelos compridos. Meu joelhos não são esfolados de brincar na rua e não tenho nem uma cicatriz.
Imagina se eu fosse uma daquelas roqueiras/metaleiras/góticas que estudavam na época do colégio... Acho que é tudo emo, né? Imagina! Meus pais teriam ataques com certeza. Acontece que eu nunca senti essa necessidade de me revoltar, porque meus pais jogaram muito bem com uma liberdade controlada e uma filha com um super ego bem grandão, mas isso é assunto pra outro post...
Quero dizer que sempre fiz coisas de meninas. Sempre escolhi o rosa. E hoje em dia, tento ao máximo lutar contra isso. Aceitar a diversidade. Hoje, brigo por direitos iguais, divididos e livremente escolhidos. Eu não faço prato de marmanjo, botarei dinheiro em casa quanto necessário for, aceitei a porcentagem de namorecos que resolveram mudar de opção e gostar de meninos, tento com todas as minhas forças dirigir (vocês não tem noção de como isso é difícil pra mim - e eu nem sei o porquê), e enfiar na minha cabeça que todos são iguais.
Essa linha que divide homens e mulheres é uma coisa complicada. Acho, na verdade, que as mulheres é que buscam fazer papel de homem e elas também que lutam para que eles façam mais atividades de mulheres. Há umas décadas devia ser alto o preço que uma mulher pagava pra ser dondoca, enquanto o marido colocava a comida dentro de casa. No geral, as mulheres se sentem melhor assim, multi-uso.
Mas, como diz uma querida professora, o que o berço deu, só a tumba tira. E por mais que eu aprove toda essa igualdade entre homens e mulheres e suas escolhas, gosto de ser uma mulher. E feminina. De portas de carro, jantares românticos, pequenas delicadesas e surpresas que te lembram, no final de um dia estressante de trabalho, que você é a única, melhor e mais especial criatura que existe no universo. Gosto de ser cativada.
Acho justo que homens e mulheres compartilhem todas as atividades. Só não se esqueçam que somos mulheres.
4 comentários:
Eu tb acho justo que o Fê cozinhe e lave a roupa enquanto eu to fazendo a minha unha e arrumando o cabelo pra ficar bem feminina pra ele... divisão de atividades! hauahuhahuahua
Olha, eu tenho que confessar que fiquei super feliz ao ler esse texto. Acho que mesmo que só a tumba leve algumas coisas, aprender a ir contra o que fomos ensinados a vida inteira é uma prova enorme de amadurecimento.
Estou tão orgulhosa! =P
Poxa vc fez esse post hj e eu lembrei que amanha seria aniversario de 50 anos do renato russo =( e ele gosta de meninos e meninas!
adorei a mensagem no blog!!!!!!
super obrigada!!!!
de ♥
bju enoooooooooorme gata!
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